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Interior

Japonês diz que Sisfron é “magnifico” e pode servir de referência em seu país

Apesar de país ser arquipélago cercado pelo mar, chefe do Estado Maior das Forças Terrestres de Auto Defesa disse que projeto similar pode ser adotado para monitoramento no Japão

Helio de Freitas, de Dourados | 25/02/2016 14:30
General Kiyofumi Iwata (à esquerda), ao lado do comandante do Exército em Dourados, Rui Matsuda (Foto: Eliel Oliveira)
General Kiyofumi Iwata (à esquerda), ao lado do comandante do Exército em Dourados, Rui Matsuda (Foto: Eliel Oliveira)

O general Kiyofumi Iwata, chefe do Estado Maior das Forças Terrestres de Auto Defesa do Japão, considerou o Sisfron (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteira) um “projeto magnifico”. O oficial esteve hoje (25) em Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande, para conhecer o sistema que está sendo implantado pelo Exército em Mato Grosso do Sul, na faixa de fronteira entre Mundo Novo e Bela Vista.

Iwata ficou pouco mais de uma hora na cidade. A agenda dele na Brigada Guaicurus deveria começar às 9h, mas atrasou uma hora e meia porque o avião que o trouxe a Mato Grosso do Sul teve de pousar em Campo Grande, já que o aeroporto de Dourados estava fechado por causa da nebulosidade.

“É um projeto magnífico, pois permite que uma extensa fronteira, como a brasileira, possa ser monitorada através de meios de alta tecnologia”, afirmou Iwata em entrevista coletiva. Os diálogos, tanto na entrevista quanto no contato com os oficiais brasileiros, foram feitos através de um tradutor.

Projetado para os 17 mil quilômetros da fronteira brasileira, o Sisfron começou a ser implantado em 2012 e o projeto-piloto funciona desde 2014 em Mato Grosso do Sul. O sistema deveria receber R$ 1 bilhão por ano, pelo prazo de 11 anos, mas o programa vem sendo tocado com orçamento anual inferior a R$ 300 milhões.

No início deste mês, o ministro da Defesa Albo Rebelo disse em Dourados que o Sisfron, assim como outros projetos do governo, recebe menos dinheiro por causa do contingenciamento de verbas, mas garantiu que essa realidade não deve atrasar a previsão de implantação total até 2023.

Parceria – Kiyofumi Iwata citou como de grande importância a cooperação que o Sisfron permite entre o ente miliar e a sociedade civil, através de parceria com universidades e empresas.

Em Dourados já foi implantado o Polo Sisfron, que oferece cursos profissionalizantes para militares do Exército com apoio das universidades locais e do Sistema S.

Fronteiras do Japão – Questionado se o Sisfron poderia servir de modelo para um projeto semelhante no Japão, Kiyofumi Iwata disse que seu país tem características geográficas diferentes do Brasil, pois é um arquipélago com quase sete mil ilhas e suas fronteiras são marítimas.

Entretanto, o oficial japonês disse que o conhecimento que teve do sistema implantado pelo Exército brasileiro será levado a seu país e pode servir de referência para desenvolvimento de projetos similares.

O Japão é considerado uma grande potência militar e as Forças Terrestres de Auto Defesa foram criadas após o fim do ataque japonês aos Estados Unidos, na Segunda Guerra Mundial.

Oficial japonês na sala de comando da Brigada Guaicurus para conhecer o funcionamento do Sisfron (Foto: Eliel Oliveira)
Oficial japonês na sala de comando da Brigada Guaicurus para conhecer o funcionamento do Sisfron (Foto: Eliel Oliveira)
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