ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  26    CAMPO GRANDE 32º

Interior

Major foi esfaqueado pelas costas depois de negar cigarro a assassino

A vítima estava em frente ao hotel, quando foi abordada pelo suspeito, que agora responde por homicídio qualificado

Geisy Garnes e Liniker Ribeiro | 16/04/2019 15:40
Bruno está preso em Bonito e vai passar por audiência de custódia (Reprodução Facebook)
Bruno está preso em Bonito e vai passar por audiência de custódia (Reprodução Facebook)

Em depoimento, Bruno da Rocha, de 31 anos, afirmou ter assassinado Paulo Settervall, de 57 anos, após o major da reserva do Exército negar um cigarro a ele. A versão do suspeito foi narrada pelo delegado Gustavo Henriques Barros, titular da delegacia de Bonito – a 257 quilômetros de Campo Grande – na tarde desta terça-feira (16), durante coletiva de imprensa.

Conforme o delegado, após a prisão, Bruno confessou o crime e detalhou que na noite de domingo (14) discutiu com a namorada, com quem tem dois filhos, e saiu de bicicleta pelas ruas de Bonito armado com uma faca atrás dela e do cunhado. No caminho, no entanto, encontrou o major fumando em frente ao hotel CLH Suítes.

Ele parou e pediu um cigarro a Settervall, que negou e ainda, na versão do suspeito, o chamou de “trombadinha”. Bruno andou mais alguns metros, deixou a bicicleta em um ponto e voltou a pé até onde Paulo estava. Aproveitando que o major estava de costa, o esfaqueou. “Ele afirmou que quando fez isso ainda disse: aqui está o trombadinha”, lembrou o delegado.

O golpe único matou Paulo na hora. Depois do crime, Bruno ateou fogo nas roupas que usava e começou a fugir da polícia.

Com informações de testemunhas e imagens de câmeras de segurança de um comércio em frente ao hotel, a polícia saiu do local já com o nome do suspeito. Buscas em vários pontos de Bonito foram feitas, até que por volta das 3 horas desta terça-feira (16) Bruno foi encontrado em uma casa abandonada.

Ainda segundo o delegado, no momento da prisão e também do exame de corpo de delito, não foi constatado qualquer indício de embriaguez ou uso de drogas por parte do assassino confesso. A polícia também não confirmou a versão de que o major chamou Bruno de “trombadinha” antes do assassinato.

“As imagens indicam que não houve tempo para uma briga entre os dois”, detalhou o Gustavo. Bruno trabalhava como pintor e agora responde por homicídio qualificado por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima. Preso em flagrante, deve passar por audiência de custódia nesta quarta-feira e se a preventiva for convertida, pode ser transferido para Campo Grande.

Delegado Gustavo Henriques Barros, responsável pela investigação do caso (Foto: Paulo Francis)
Delegado Gustavo Henriques Barros, responsável pela investigação do caso (Foto: Paulo Francis)
Nos siga no Google Notícias