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Interior

Operação “Infância Sem Vício” foi planejada por 4 meses e terá segunda fase

Número de adolescente em avançado estado de embriaguez chamou a atenção da Polícia Civil

Danielle Valentim | 17/03/2019 08:54
Operação flagrou 67 adolescentes em situação de vulnerabilidade, inclusive, menores de 14 anos, em avançado estado de embriaguez. Participaram da operação 22 policiais civis. (Foto: Divulgação/Polícia Civil)
Operação flagrou 67 adolescentes em situação de vulnerabilidade, inclusive, menores de 14 anos, em avançado estado de embriaguez. Participaram da operação 22 policiais civis. (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

A Operação inédita da Polícia Civil que prendeu 25 donos de bares e flagrou 67 adolescentes em avançado estado de embriaguez na região pantaneira levou o nome de “Infância Sem Vício”. A ação foi planejada por quatro meses e deve ter segunda fase, confirmou o delegado a 1ª delegacia de Polícia Civil de Aquidauana, Eder de Oliveira.

As equipes da 1ª delegacia de Aquidauana foram às ruas com apoio da DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) e delegacias de Dois Irmãos, Anastácio e Miranda. Ao Campo Grande News, o delegado Eder frisou que a ação foi desencadeada após muitas denúncias e dados essenciais do Conselho Tutelar e Ministério Público.

A ação nas ruas focou nos principais pontos suspeitos de venda de bebida alcóolica e drogas para crianças e adolescentes e de prostituição infantil. A pouca idade nos flagrantes, no caso 14 anos, chamou a atenção das autoridades. “A operação não foi contra os adolescentes, mas contra quem os deixa na situação de vulnerabilidade. O número de 67 flagrantes surpreendeu, não esperávamos que fosse tanto”, disse.

Os pontos de exploração sexual infantil, venda de bebida alcóolica, tráfico de drogas e som alto já constavam nos dados investigados. Para o delegado, a operação deve ganhar nova fase. “O resultado foi positivo e serviu para dar uma “chacoalhada” na cidade e região. Mas com certeza terá uma segunda fase”, disse.

Foram presas 25 pessoas, principalmente, donos de estabelecimentos que forneciam bebida alcóolica a adolescentes, um dos focos da operação.

O planejamento de quatro meses contou com dados das equipes de investigação das duas delegacias de Aquidauana, com denúncias anônimas de populares e com fornecimento de dados pelo Conselho Tutelar de Aquidauana e pelo Ministério Público estadual.

A operação flagrou 67 adolescentes em situação de vulnerabilidade, inclusive, menores de 14 anos, em avançado estado de embriaguez. Participaram da operação 22 policiais civis. Os dados dos envolvidos não foram divulgados por determinação do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), que protege crianças e adolescentes.

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