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Interior

Para delegado, mesmo ferido ex-prefeito pode ter atingido um dos pistoleiros

Helio de Freitas, de Dourados | 15/09/2015 15:39
Local onde Oscar Goldoni foi morto a tiros de pistola e fuzil, na porta de sua caminhonete (Foto: Leo Veras/Porã News)
Local onde Oscar Goldoni foi morto a tiros de pistola e fuzil, na porta de sua caminhonete (Foto: Leo Veras/Porã News)

Mesmo depois de ser atingido, o ex-prefeito Oscar Goldoni, 66, conseguiu correr até sua caminhonete Toyota Hilux, pegou sua pistola calibre 9 milímetros e trocou tiros com os dois pistoleiros que estavam no seu encalço. É o que revela, segundo a Polícia Civil, a “dinâmica” do local do crime.

Goldoni foi morto por dois pistoleiros por volta de 11h40 desta terça-feira, ao lado da agência do Detran em Ponta Porã, cidade da qual tinha sido prefeito e representante na Assembleia Legislativa e Câmara Federal.

Informações apuradas pela polícia no local do crime e os primeiros levantamentos da perícia mostram que Goldoni tinha acabado de sair da agência do Detran e caminhava até sua caminhonete, estacionada em frente. Os pistoleiros estavam em uma caminhonete escura, ainda não identificada.

Os primeiros tiros teriam sido disparados em direção ao ex-prefeito quando ele estava na calçada. Goldoni conseguiu correr, abriu a porta da Toyota Hilux, pegou a pistola e atirou na direção dos matadores, mas foi alvejado por vários disparos de pistola e fuzil calibre 5.56. Pelo menos quatro tiros acertaram a cabeça do empresário e político sul-mato-grossense.

No local do crime a polícia recolheu 24 capsulas deflagradas de calibres 9mm e 5.56 e quatro capsulas de um calibre não identificado.

Ao Campo Grande News, o titular da 1ª Delegacia de Polícia de Ponta Porã, Jarley Inácio de Souza, disse que existe a possibilidade de Goldoni ter conseguido atingir pelo menos um dos pistoleiros, o que pode ajudar nas investigações. “Já estamos em contato com a polícia do Paraguai para tentar descobrir se alguma pessoa ferida a tiro procurou atendimento do outro lado da fronteira”.

O delegado disse que a morte de Oscar Goldoni é mais um dos crimes encomendados e praticados por matadores profissionais na fronteira do Brasil com o Paraguai. “Tão importante quanto chegar aos executores é descobrir o mandante, porque esse foi um crime por encomenda”, afirmou o policial.

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