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Interior

Saúde pública confirma caso de leishmaniose visceral em humano

CCZ de Dourados informou que diagnóstico precoce em morador do Jardim Água Boa evitou agravamento da doença

Helio de Freitas, de Dourados | 03/08/2015 10:11

Um morador de Dourados, a 233 km de Campo Grande, foi infectado com leishmaniose visceral. O caso foi confirmado pelo CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) e o paciente está em tratamento, mas fora de perigo.

Em nota técnica, o CCZ informou que o homem mora no Jardim Água Boa, um dos maiores bairros da cidade. “Com o diagnóstico precoce, foi possível iniciar o tratamento em tempo oportuno, reduzindo as chances de agravamento do quadro clínico”, informa a nota.

De acordo com Rozana Alexandre da Silva, coordenadora do CCZ, esse é o primeiro caso de leishmaniose em humanos confirmado neste ano em Dourados. Em 2014 ocorreram oito casos positivos. A cidade teve uma morte pela doença, em 2013.

Mutirão – Para conter a proliferação do mosquito flebotomíneo, que transmite a doença, o CCZ iniciou nesta segunda-feira (03) um mutirão no quadrilátero entre as ruas Cafelândia e André Gomes Brandão no sentido oeste-leste e da Monte Castelo até a Itamarati, no sentido norte-sul, onde existem pelo menos três mil imóveis.

As atividades incluem visitas domiciliares para orientações e notificações em locais onde os moradores não mantêm os quintais limpos e bloqueio químico com aplicação de inseticidas, para controle do vetor. De acordo com o CCZ, o produto mata o inseto adulto e reduz o contato entre o mosquito transmissor e a população humana, diminuindo o risco de transmissão da doença.

Os agentes de saúde também vão coletar amostras de sangue de todos os cães dessa região da cidade para exame de leishmaniose. Será feita ainda a vacinação antirrábica dos animais.

Cães com a doença serão recolhidos para a contraprova, feita pelo Lacen (Laboratório Central), em Campo Grande. Em caso de confirmação, o animal é sacrificado. A eutanásia de cães infectados é recomendada pelo Ministério da Saúde para ajudar no controle da doença.

A leishmaniose é uma doença infecciosa sistêmica, caracterizada por febre de longa duração, aumento do fígado e do baço, perda de peso, fraqueza, redução da força muscular, anemia e outras manifestações.

Pessoas residentes em áreas onde ocorrem casos de leishmaniose visceral devem procurar o serviço de saúde mais próximo de casa em caso de manifestação desses sintomas. De acordo com o CCZ, o diagnóstico e o tratamento precoce evitam o agravamento da doença, que pode ser fatal se não for tratada.

Transmissores – Os transmissores da leishmaniose visceral são os mosquitos palha, asa-dura, tatuquiras, birigui e outros da espécie flebotomíneo com nome científico de Lutzomyia longipalpis. Esses insetos são pequenos e têm como características a coloração amarelada ou de cor palha.

Os insetos adultos ficam principalmente em abrigos de animais domésticos. Somente as fêmeas se alimentam de sangue, para desenvolvimento dos ovos.

Conforme o CCZ, a população pode ajudar a combater o transmissor de leishmaniose mantendo a higiene ambiental com limpeza periódica dos quintais, retirada da matéria orgânica em decomposição (folhas, frutos, fezes de animais e outros entulhos que favoreçam a umidade do solo) e destino adequado do lixo orgânico e limpeza dos abrigos de animais domésticos.

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