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Interior

Sitiante envolvido em conflitos com índios é preso por ordem federal

Giovanni Jolando Marques foi preso ontem pela PM e levado para a carceragem da PF

Helio de Freitas, de Dourados | 13/10/2021 17:40
Barraco construído em área de invasão, em chamas, no mês passado (Foto: Arquivo)
Barraco construído em área de invasão, em chamas, no mês passado (Foto: Arquivo)

O produtor rural Giovanni Jolando Marques, 52, está preso em Dourados, a 233 km de Campo Grande, por determinação da Justiça Federal. Ele responde a processos judiciais devido aos constantes confrontos com índios que tentam tomar posse de áreas vizinhas da Reserva Indígena formada pelas aldeias Bororó e Jaguapiru.

Dono de propriedade vizinha à aldeia e arrendatário de terras incluídas na área reivindicada pelos índios, ele foi preso ontem (12) e levado para a carceragem da Polícia Federal. Apesar de o mandado de prisão ter sido expedido pela Justiça Federal, foi a Polícia Militar que cumpriu a ordem e levou o produtor para a sede da PF.

Em setembro de 2019, seguranças contratados por Jolando Marques foram acusados de disparar tiro de escopeta na direção dos índios que cercam os sítios há quase três anos. Adilson Benites, 64, foi atingido no braço.

Em julho deste ano, Benites registrou boletim de ocorrência de ameaça de morte contra Giovanni Jolando Marques. O índio contou que foi ameaçado pelo sitiante na entrada da aldeia e que não seria a primeira vez.

No mês passado, os seguranças do sitiante foram acusados pelo índios de queimar um barraco, construído na área arrendada por Giovanni. Em entrevista ao Campo Grande News, afirmou ter sido ele que colocou fogo em “momento de fúria” causada pelas seguidas tentativas de invasão.

"Eu fui lá e coloquei fogo naquele barraco, foi eu que coloquei, assumo minha responsabilidade, mas ele (barraco) estava dentro da área que eu sou arrendatário", admitiu. O MPF (Ministério Público Federal) pediu a prisão preventiva de Giovanni por homicídio qualificado na forma tentada, pois assumiu o risco de matar alguém ao atear fogo no barraco.

A defesa do sitiante, feita pelos advogados Felipe Cazuo Azuma e Pamela Carolinne Moura Wenersbach, entrou hoje com pedido de relaxamento da prisão.

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