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Cidades

Líder no PCC, Pantaneiro comandava 'júri' contra quem desobedecia facção

Preso foi transferido para presídio federal de Porto Velho na manhã desta segunda-feira (20), junto com outros 14 detentos

Luana Rodrigues | 20/02/2017 15:43
Avião com presos selecionados, no Aeroporto de Campo Grande nesta manhã. (Foto: Alcides Neto)
Avião com presos selecionados, no Aeroporto de Campo Grande nesta manhã. (Foto: Alcides Neto)

A transferência de um dos 15 presos removidos da PED (Penitenciária Estadual de Dourados) para o presídio federal de Porto Velho (RO), realizada na manhã desta segunda-feira (20), foi um pedido do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). O objetivo do Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul era retirar do Estado uma das principais lideranças do PCC (Primeiro Comando da Capital).

Francivaldo Rodrigues Lima, conhecido como "Pantaneiro", cumpria pena no regime fechado na PED. Mesmo assim, ordenava a prática de crimes dentro e fora do presídio, como por exemplo, tráfico de drogas, homicídios, roubos e sequestros, em vários estados do país, e ainda era responsável pelo julgamento de quem descumpria as ordens da facção.

Segundo a Promotora de Justiça e coordenadora do Gaeco, Cristiane Mourão, “Pantaneiro” era responsável pela “disciplina” dos integrantes do PCC. Tinha participação efetiva em "julgamentos" da organização, determinando qual o tipo de "pena" - exclusão, suspensão, agressões físicas e morte - que seria aplicada aos faccionados que descumprissem as ordens do comando geral.

Em Porto Velho, Francivaldo passará a cumprir pena em RDD (Regime Disciplinar Diferenciado). Outros 14 detentos também foram transferidos para o presídio federal, na manhã de hoje.

Esta é a segunda vez que a Depen (Departamento Penitenciário) realiza a transferência de detentos das instituições penais estaduais para unidades federais neste ano.

A ação foi facilitada pelo então ministro Alexandre de Morais, postulante a uma vaga no Supremo Tribunal Federal, como parte das medidas para inibir a guerra de facções nos presídios do Brasil que já deixou 130 mortos só em 2017. Mato Grosso do Sul teve quatro vítimas fatais em suas celas no período.

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