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Cidades

Maioria, alunos reclamam de regras durante votação para reitor da UFMS

Aline dos Santos e Luciana Brazil | 19/06/2012 09:25
Servidores participam da votação e que vai até às 21 horas. (Fotos:Simão Nogueira)
Servidores participam da votação e que vai até às 21 horas. (Fotos:Simão Nogueira)

Com dois candidatos e universo de 21.784 eleitores, a consulta à comunidade nesta terça-feira para escolha do reitor da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) é marcada pela frustração dos acadêmicos. Apesar de ser a ampla maioria dos aptos a votar – 18.940 alunos -, o voto da categoria tem peso de 15%. Já o voto dos professores vale 70% e dos técnicos 15%.

“Nosso voto não faz diferença, mesmo se todos votassem num mesmo candidato”, afirma a estudante de Direito, Tainara Rodrigues de Souza, de 20 anos. O acadêmico Eduardo Xavier, de 32 anos, reclama do desconhecimento das propostas. “Não vou votar porque não vi a cara dessas pessoas. Não vi propostas. As pessoas estão votando na chapa de oposição porque estão insatisfeitas”, diz. Na disputa pelos votos, estão a atual reitora Célia Maria Silva Correa Oliveira e o professor Antônio Carlos do Nascimento Osório.

O acadêmico de direito Diego diz que prioridade seria o prédio para o curso de direito.
O acadêmico de direito Diego diz que prioridade seria o prédio para o curso de direito.

Henrique Matos, de 30 anos, que veio de Fortaleza para cursar a graduação em Direito, cobra a contratação de professores e segurança no campus. Funcionário da instituição há 30 anos, o segurança Eduardo Silva afirma que o quadro da categoria está defasado, mas culpa a burocracia. “Vi um ofício da reitoria solicitando 30 vagas de segurança, mas o Ministério da Educação não deu resposta", exemplifica.

De acordo com o professor de Direito, Sandro Oliveira, foram realizados debates no teatro Glauce Rocha e nas unidades do interior, além de apresentação de propostas nas salas de aula. Em 2012, uma novidade será o voto dos 1.050 alunos da EAD (Educação à Distância).

Hoje, a eleição começou às 6h no HU (Hospital Universitário) e às 8h nas demais unidades da UFMS. A votação será encerrada às 21h. O resultado da consulta deve sair na madrugada de amanhã.

Também na quarta-feira, os professores da UFMS vão entrar em greve por período indeterminado. A greve acontece em Campo Grande, Aquidauana, Bonito, Chapadão do Sul, Corumbá, Coxim, Naviraí, Nova Andradina, Paranaíba, Ponta Porã e Três Lagoas.

Presidente do colegiado afirma que o MPE fez três recomendações à instituição.
Presidente do colegiado afirma que o MPE fez três recomendações à instituição.

Recomendações - Neste ano, o MPF (Ministério Público Federal) fez três recomendações: data limite para inscrição de votantes, controle dos votos que vêm pelos Correios e unificação da apuração em algumas cidades.

Conforme o presidente do Colégio Eleitoral, Paulo Ricardo da Silva Rosa, os pedidos foram atendidos. As urnas de Coxim e Paranaíba serão apuradas em Chapadão do Sul; já os votos de Bonito, Naviraí e Nova Andradina serão contabilizados em Ponta Porã. A votação será em cédulas de papel e a estrutura para organizar o processo eleitoral conta com 160 pessoas.

No dia 27, o Colégio Eleitoral se reúne para indicar o candidato biônico (que não foi eleito por voto) e remete a lista tríplice ao MEC (Ministério da Educação), que define o nome do reitor.

A justificativa para a inclusão do terceiro nome é sob justificativa de que o ministério exige uma lista tríplice. O colégio é formado por 129 pessoas. A UFMS tem orçamento anual de R$ 393 milhões e unidades em 11 cidades.

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