ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
OUTUBRO, DOMINGO  06    CAMPO GRANDE 39º

Cidades

MPE investiga "infiltrados" de empreiteiras dentro da Agesul até 2014

Ricardo Campos Jr. | 02/07/2015 19:12

Construtoras e empresas de consultoria vencedoras de licitação mantinham funcionários dentro da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) na gestão do ex-governador André Puccinelli (PMDB). A permanência de terceiros na repartição pública, garantida por meio de cláusulas contratuais, está sendo investigada pelo MPE (Ministério Público Estadual).

Denúncia encaminhada à 30ª Promotoria de Justiça aponta que o papel dos “infiltrados” era facilitar o acesso de empresários ao governo estadual. Ao final do mandato de Puccinelli, conforme os arquivos da apuração, essas pessoas teriam sido demitidas sem o pagamento de direitos trabalhistas.

Lista anexada ao inquérito contém as empresas que teriam participado do esquema e o nome dos respectivos funcionários. Entre as investigadas estão a Luca Assessoria Empresarial, Construtora Rial, Imporcate, Wala Engenharia, Ciacom Construção e Obras, CPR Consultoria e Projetos, Alvorada Construtora, LD Construtora, Proteco, Juha Engenharia, EGA Construção e Intermediação, GMB Engenharia, Equipe Engenharia, Vale Velho Construtora, Avance Construtora, Sistema Pri, RMW Empreendimentos e Eneparv.

Todas essas empresas responderam aos ofícios encaminhados pelo MPE no intuito de prestarem esclarecimentos sobre as denúncias.

A Imporcate, Wala e Alvorada negaram as irregularidades. Elas mandaram as listas de funcionários e ex-funcionários para comprovar que os nomes enviados ao Ministério Público sequer existiram dentro das companhias.

Todas as demais confirmaram a contratação das pessoas listadas e encaminharam cópias dos comprovantes de rescisão contratual e pagamentos de todos os direitos trabalhistas.

A Luca, Rial, CPR, LD, Proteco, Juha, GMB, Vale Velho, Avance, Sistema Pri, RMW, EGA e Eneparv afirmaram também que os colaboradores realmente ficavam dento da Agesul, mas diante da cláusula contratual que previa tal procedimento.

Já a Ciacom diz que o funcionário cujo nome aparece na lista não ficava no órgão público e a Equipe fala que o colaborador só ia até a Agência quando era necessário.

A Policon Engenharia também foi denunciada e não respondeu ao ofício do MPE.

O Campo Grande News tentou contato com o ex-governador André Puccinelli, mas ele não atendeu as ligações.

Nos siga no Google Notícias