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Cidades

Mulher de advogado morto a mando de pecuarista aposta em condenação

Paula Maciulevicius e Evelyn Souza | 28/05/2013 10:28
Antes de o julgamento começar, o depoimento de Osvaldo foi passado na 1ª Vara do Tribunal do Júri. (Foto: Vanderlei Aparecido)
Antes de o julgamento começar, o depoimento de Osvaldo foi passado na 1ª Vara do Tribunal do Júri. (Foto: Vanderlei Aparecido)

No julgamento dos três acusados de intermediar o assassinato do advogado Nivaldo Nogueira de Souza, em março de 2009, em Costa Rica, a mulher da vítima se diz satisfeita com os avanços até agora. “Embora haja muita mentira nos depoimentos, acredito que eles serão condenados”, declarou Anésia dos Santos Nogueira de Souza.

Desde as 8h da manhã de hoje, estão sendo julgados Edoildo Ramos, Jair Roberto Cardoso e Willia Inácio Rodrigues, que a mando do pecuarista Oswaldo José de Almeida, intermediaram a contratação dos autores da execução. Segundo as investigações, Edoildo foi o primeiro contratado para o homicídio. Os três teriam agido sob a promessa de receber R$ 40 mil.

Antes de o julgamento começar, o depoimento de Osvaldo foi passado na 1ª Vara do Tribunal do Júri. O relato do pecuarista foi gravado da semana passada. Segundo a defesa do fazendeiro, Osvaldo confessou ser o mandante do crime, mas nega participação na execução. Ele está no Presídio Federal e vai a julgamento em junho.

O primeiro réu a ser ouvido foi Edoildo, que passou mal, foi retirado, mas já retornou ao Tribunal.

O homicídio foi no dia 23 de março de 2009, em Costa Rica. Conforme a acusação, o crime aconteceu a mando de Oswaldo José de Almeida por vingança, porque o advogado estava perturbando a vida dele, inclusive processualmente, o que configuraria o motivo torpe.

A vítima estava em uma lanchonete quando um dos envolvidos subiu com a moto na calçada do comércio, desceu e atirou no advogado. Ele foi alvejado na cabeça e morreu no local.

Os outros três acusados de participar do assassinato do advogado foram condenados, em abril, a penas que somam 44 anos de cadeia em regime fechado. O pistoleiro Michel Leando dos Reis, que confessou ter negociado matar o advogado por R$ 25 mil, foi condenado a 14 anos de prisão pelos crimes de homicídio qualificado, motivo torpe e ter dificultado a defesa da vítima. Ele foi absolvido do crime por formação de quadrilha. Reis confessou que atirou no advogado em uma lanchonete.

O júri popular também condenou David da Silva Rosendo por ter levado Reis até a lanchonete em uma motocicleta. Ele foi condenado a 14 anos de reclusão em regime fechado por homicídio qualificado e formação de quadrilha. O terceiro condenado foi Francisco Pereira Feitoza, que contratou os encarregados pelo crime. Ele foi condenado a 16 anos de prisão porque não colaborou com a Justiça.

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