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Cidades

Pronatec muda a vida de alunos, mas desafio é reduzir evasão

Edivaldo Bitencourt e Lidiane Kober | 09/06/2014 16:25
Prefeito da Capital, a ministra Tereza Campelo e a primeira dama em evento de formatura do Pronatec (Foto: Cleber Gellio)
Prefeito da Capital, a ministra Tereza Campelo e a primeira dama em evento de formatura do Pronatec (Foto: Cleber Gellio)

O Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego) vem mudando a vida dos estudantes, principalmente, de baixa renda, que conseguem elevar a remuneração e a renda. Por outro lado, em decorrência do público ser de baixa renda, o principal desafio é reduzir os altíssimos índices de evasão.

A confeiteira Bernadete Messias Machado, 44 anos, transformou-se no exemplo de sucesso do projeto, que é uma das vitrines da campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT). Mãe de dois filhos e trabalhando como confeiteira há cinco anos, ela viu a renda se multiplicar após o início das aulas. “A massa do bolo ficou melhor e estou ganhando mais dinheiro”, contou ela, que está animada a participar de outros cursos.

Após o curso de três meses, Bernadete conta que a vida mudou para melhor. Ela nunca tinha feito nenhum curso de qualificação antes.

O sonho de conseguir uma remuneração melhor foi o motivo que levou a técnica de enfermagem Laura Helena Santos Silva, 26, voltar a freqüentar os bancos escolares. Ela fez uma pesquisa no mercado antes de optar pelo curso técnico de automação industrial, onde o salário pode chegar a R$ 5 mil por mês.

Laura quer trocar a profissão de técnica de enfermagem por um com maior remuneração (Foto: Cleber Gellio)
Laura quer trocar a profissão de técnica de enfermagem por um com maior remuneração (Foto: Cleber Gellio)

O mecânico industrial Ervinck Barbosa Pereira, 37, também participa da mesma turma de automação industrial. É o terceiro curso seguido dele. Em busca de especialização e de melhor renda, ele aproveita os cursos gratuitos do Pronatec.
No entanto, a turma de automação industrial tinha 30 vagas, mas apenas 11 continuam freqüentando as aulas. A evasão chega a 63%.

As amigas Flávia dos Santos Cavalliere, 18, e Jéssica dos Santos, 18, frequentam o curso de segurança do trabalhador. Elas contam que estão otimistas, já que há muita vaga nesta área no mercado de trabalho.

EvasãoReduzir a taxa de abandono é o principal desafio, segundo o gerente de Educação do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), Marcos Costa. Uma das explicações é a baixa escolaridade dos participantes. A outra causa é que muitos desconhecem o curso e desistem ao entrar em contato com o programa de capacitação.

Outro motivo é que os participantes são de baixa renda e acabam sendo obrigados a abandonar as aulas quando arrumam emprego.

Irvinck Pereira participa do 3º curso do Pronatec em busca de especialização (Foto: Cleber Gellio)
Irvinck Pereira participa do 3º curso do Pronatec em busca de especialização (Foto: Cleber Gellio)
As amigas Flávia e Jéssica fazem o curso de segurança no trabalho (Foto: Cleber Gellio)
As amigas Flávia e Jéssica fazem o curso de segurança no trabalho (Foto: Cleber Gellio)

Em Mato Grosso do Sul, o Governo federal pretende oferecer 20 mil vagas neste ano, segundo a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campelo, que participa da solenidade de formatura de 1,1 mil do Pronatec no Ginásio de Esportes Dom Bosco, no Bairro Monte Castelo.

A meta do Senai é oferecer os cursos nos 79 municípios do Estado e direcioná-los a demanda das empresas de cada região. Os cursos mais procurados são de costureira, gestão e informática, panificação, técnico de segurança no trabalho e automação industrial.

O curioso é que os cursos na área da construção civil, que possuem uma grande demanda por mão de obra e pagam bons salários, estão com baixa procura. “Eles conseguem emprego logo e com bons salários”, destaca Marcos.

Tereza Campelo afirmou que o Pronatec revela que os brasileiros de baixa renda estão querendo se qualificar e estão buscando na capacitação profissional a oportunidade de ganhar melhores salários.

Bernadete, de blusa jeans, melhorou a massa do bolo após curso e conseguiu elevar renda (Foto: Cleber Gellio)
Bernadete, de blusa jeans, melhorou a massa do bolo após curso e conseguiu elevar renda (Foto: Cleber Gellio)
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