ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  19    CAMPO GRANDE 29º

Cidades

Secretário prevê ainda mais cinco meses de batalha contra o Aedes aegypti

Flávia Lima | 14/01/2016 13:39

A baixa incidência de infestação do mosquito Aedes aegypti na maioria dos municípios, indicada pelo último boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde, não é um atestado de que a epidemia vem regredindo, segundo o coordenador estadual do controle de vetores, Mauro Lucio Rosa.

Ele explica que, com o início do ano, o trabalho de levantamento sobre o avanço da doença é retomado e como os casos suspeitos e demais dados são somados semanalmente, é natural que nas primeiras semanas do ano os índices estejam baixos.

"O que foi apurado em 2015 já foi fechado. Não existe uma continuidade do levantamento, mas sim, a apuração de informações novas", diz. O coordenador também revelou que a epidemia está avançando e a prova são os 1.785 casos notificados no Estado em apenas uma semana.

"Dentro de duas semanas podemos ultrapassar os 3 ou 4 mil casos notificados. Logo o boletim vai apresentar alta incidência na maioria das cidades novamente", afirma. Para Mauro Lucio a ações que vem sendo adotadas pelo poder público irão surtir efeito apenas no final do ano, já próximo da nova temporada de chuvas.

"Não tem como resolver o problema do dia para a noite. Estamos fazendo o possível, mas as chuvas excessivas atrapalharam o combate e os efeitos serão sentidos apenas a médio prazo. O quadro é crítico", afirma.

Mauro Lucio também reclama da falta de conscientização das pessoas que insistem em manter terrenos e quintais com lixo e objetos que podem se transformar em criadouros do mosquito.

O secretário de saúde do Estado, Nelson Tavares, também destaca o avanço da doença no Estado, porém é mais otimista quanto ao prazo para que o resultado das ações seja sentido pela população. "Nossa missão é debelar essa epidemia até o meio do ano. Não podemos aceitar mais essa situação", afirma.

Ele diz que o Exército já fechou parceria com o governo e já está atuando no combate também no interior, participando das visitas domiciliares. "As ações do projeto-piloto já estão surtindo efeito positivo e o objetivo é unir mais a sociedade", diz.

De acordo com o secretário, a estrutura disponível do governo vem atendendo bem os municípios, mas revela que alguns produtos de combate já estão em falta no mercado devido a demanda no restante do país. "Estamos com dificuldade de adquirir mais equipamentos como bombas costais (para aplicar inseticida)", revela.

Nos siga no Google Notícias