Ver o jogo do trabalho não desanima comerciários
Assistir no trabalho à disputa entre a seleção brasileira e Portugal, pela Copa Mundial de Futebol, não é motivo para esfriar o clima de festa entre os comerciários de Campo Grande.
Em algumas lojas, cada funcionário foi encarregado de levar algo para a festa ficar completa e em outras foi montado até telão. O que é consenso é que os estabelecimentos ficarão fechados durante a partida e retomarão as atividades somente após as 12h30.
No Feirão dos Calçados, localizado na rua 14 de julho o gerente André Luiz Sandim conta que de manhã ficou estabelecido atendimento até às 9h30, com quadro reduzido de funcionários. Enquanto o normal são 14, hoje apenas seis foram no período matutino.
Na matriz, os funcionários de todas as quatro lojas vão se reunir e assistir o jogo por um telão, com direito à pipoca e refrigerante.
Há 10 anos no comércio, o gerente conta que a primeira partida teve o mesmo esquema e apenas a disputa entre Brasil e Costa do Marfim, que ocorreu em um domingo, pôde assistir com a família.
Na Anita Calçados, da 14 de julho, a vendedora Malu Xavier disse ficou acordado um sistema comunitário, em que cada funcionário levará um pouco. "Um traz a televisão, o outro a comida... Assim também é divertido", resume.
O gerente Anderson Mendes Garcia espera que o movimento da tarde seja bom para o comércio, contrastando com a calmaria da manhã.
Ele diz que as vendas de artigos com motivos da seleção estão surpreendendo até mesmo da camisa oficial, que custa R$ 179,90 e concorre com produtos piratas, a preços bem mais acessíveis. "As numerações P e M já estão acabando", diz.
Várias lojas sequer abriram na manhã desta sexta-feira. Nas ruas muitos vendedores ambulantes aproveitavam os últimos momentos antes do jogo para lucrar mais e os torcedores desfilavam vestindo o tradicional verde e amarelo.