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Em Pauta

Bolsonaro tenta salvar Macri da ARG e Marito do PAR

Mário Sérgio Lorenzetto | 02/08/2019 06:30
Bolsonaro tenta salvar Macri da ARG e Marito do PAR

Era 22 de março de 2019. A guinada sul americana à direita estava consumada. Nascia o Fórum para o Progresso da América do Sul (Prosul). Após a derrocada da esquerda na região, gradativamente foram assumindo novos presidentes, todos ligados ao conservadorismo. A criação do Prosul foi uma iniciativa do Chile e Colômbia. À seguir, Brasil, Equador, Argentina, Peru e Paraguai aderiram ao Prosul. Só ficaram de fora a Bolívia e o Uruguai, onde a esquerda goza de boa saúde. A Venezuela é o país que tanto a esquerda como a direita não aceitam conviver. Só lhe resta o apoio de algumas poucas Gleice Hoffmans.

Bolsonaro tenta salvar Macri da ARG e Marito do PAR
Bolsonaro tenta salvar Macri da ARG e Marito do PAR

O casamento da União Europeia com o Mercosul visa favorecer o presidente argentino.

Uma pequena onda de euforia foi alçada no dia do comunicado da aliança econômica entre o Mercosul e a União Europeia. Só uma verdade foi anunciada: esse casamento talvez ocorra dentro de dois anos. Um imenso talvez o aguarda. Nossos fazendeiros começaram a afazer as contas de quanto ganharão. O setor automobilístico brasileiro fazia conta inversa: a de quanto perderá. Nada disso está verdadeiramente em pauta. A finalidade desse acordo, neste momento, é de propiciar ao governante argentino uma boa notícia. Sufocado pela má administração da economia argentina, Macri corre sérios riscos de perder as eleições para a esquerda kirchnerista.
Enquanto as forças centristas governarem a Alemanha e a França, não há uma só chance de que essa aliança venha a ocorrer entre o polo Brasileiro e europeu. Bolsonaro teria de mudar seu discurso e ações sobre as questões ambientais. Esse é um preço que o brasileiro nem mesmo imagina pagar.

Bolsonaro tenta salvar Macri da ARG e Marito do PAR

Bolsonaro não deixa Marito sofrer impeachment no Paraguai.

A questão do preço do excedente de energia produzida pela Itaipu é pauta de todas as eleições no Paraguai. Criaram uma lenda de que o Brasil paga uma ninharia pela quantidade de energia que Itaipu produz e o Paraguai não consome. Lugo, ex- presidente paraguaio já havia jogado na mesa de Lula essa fatura. Lula pagou. Agora é a vez de Marito jogar na mesa de Bolsonaro.
Após uma tentativa frustada do Congresso de caçar o mandato de Marito, um novo acordo será costurado pelos respectivos ministérios da energia. Há pouco, em maio, os governos do Brasil e do Paraguai tinham assinado um acordo sobre essa pauta. Tinham acertado os custos da energia excedente. O congresso paraguaio começou a afirmar que Marito havia traído o país. O processo de impeachment foi organizado. No último momento, Bolsonaro concordou em estabelecer um novo acordo para que Marito não fosse detestado. O Brasil pagará a mais por essa energia. O ideal é liberar o Paraguai para vender seu excedente a quem quer que seja. Livre mercado. O Brasil não pode continuar sendo caluniado pelos políticos paraguaios.

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