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Em Pauta

Ciborgues felizes implantam chave do carro no braço

Mário Sérgio Lorenzetto | 01/10/2019 06:31
Ciborgues felizes implantam chave do carro no braço

Não se trata dos implantes mamários das candidatas a um novo visual. Nem dos implantes dentários, talvez o mais antigo de todos (há 2.000 a.C. ,os chineses cinzelavam bambu para substituir os dentes). Se trata de implantes que pretendem nos converter em super-homens e super-mulheres com alta tecnologia dentro do corpo.

Ciborgues felizes implantam chave do carro no braço

Uma chave de carro implantada no braço.

A última moda na Suécia é implantar a chave do carro no braço. Tudo começou com uma mulher implantando a chave de seu Tesla, um carro autônomo que passa a ser aberto por um braço ciborg.
Suécia é o país dos ciborgues, dos implantes eletrônicos no corpo. Mais de 4.000 suecos já estão com implantes de cartões que lhes permitem pagar alguma conta ou passar por uma porta eletrônica. Em todo o mundo são pouco mais de 10.000 pessoas com esse tipo de implante. Não pensam nos problemas acarretados pelos controles externos, no temível "Grande Irmão". Pensam exclusivamente na comodidade que é não precisar tirar as luvas para usar um cartão eletrônico ou na facilidade de nunca mais ter de voltar para casa por tê-lo esquecido.

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Os ciborgues são um novo movimento cultural.

A palavra "ciborg" surgiu nos anos 60 para referir-se a um ser humano melhorado. Um ser humano que tinha em seu corpo alta tecnologia para facilitar a vida fora da terra. No momento, mais do que facilitar ou melhorar a vida dos humanos, a ideia de ciborg é muito mais um movimento cultural de vanguarda. Algo semelhante a uma nova "tribo". Seu guru é Neil Harbisson, o homem que implantou um chip no cérebro para além de enxergar, sentir as cores.

Ciborgues felizes implantam chave do carro no braço

O mundo já está cheio de pequenos ciborgues.

Com o passar dos anos, todos estamos nos convertendo em ciborgues. Dispomos de marca-passos que devolve o ritmo correto a um coração louco. Implantes cocleares que devolvem o sentido aos ouvidos que nada ou pouco ouviam. Lentes intra-oculares que nos devolvem a visão. Próteses de traumatologia que nos convertem - mudando ossos e cartilagens - até mesmo em esportistas de elite. Há ainda os neuro-estimuladores eletrônicos que, conectados ao cérebro, corrigem o parkinson.

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30 crianças conectadas à telemetria.

Há uma experiência ocorrendo na Inglaterra que promete tirar milhares de crianças dos hospitais. Conectaram 30 crianças a um sistema ultra avançado - semelhante ao usado na Fórmula 1 - que dá aos médicos uma imensa quantidade de informações de cada uma. Com esse sistema, as crianças sairão de suas camas sem correr risco maiores pois só estavam presas a seus leitos para acompanhamento de sinais de saúde.
Também começam a estudar o implante de um chip para monitorar problemas graves de saúde como o Alzheimer. Já existe uma prótese de memória externa que a DARPA vem pesquisando para melhorar. Será algo como um HD externo de seu cérebro. A DARPA é um antigo órgão do exército dos EUA, voltado para as pesquisas com altas tecnologias.

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Robôs felizes.

O futuro passa pelos ideais olímpicos: mais longe, mais alto, mais forte. É a eterna busca da vida eterna e feliz. Uma nova era vivendo ao lado de robôs. Só que, talvez, esses robôs felizes sejamos nós.

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