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Em Pauta

Foi aceso o pavio das pautas bomba para atingir o Tesouro Nacional

Mário Sérgio Lorenzetto | 02/06/2015 09:15
Foi aceso o pavio das pautas bomba para atingir o Tesouro Nacional

As pautas bomba que atacarão o Tesouro Nacional.

O Congresso Nacional e os governadores acenderam o pavio das pautas bomba para atingir o Tesouro Nacional. Renan Calheiros e Eduardo Cunha, presidentes do Senado e da Câmara de Deputados, firmaram acordo para a votação de uma "agenda federativa". Há pouco tempo eles se reuniram com 23 governadores e colocarão nos respectivos plenários a votação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Segurança, que prevê o compartilhamento das despesas entre União, Estados e municípios. Outra pauta bomba põe na conta do Tesouro Nacional o custo com a remuneração do magistério que ultrapassar 60% do Fundo Nacional de Educação. Tanto Renan quanto Cunha acreditam que Dilma não conseguirá reunir tantos governadores para impedir as votações.

Foi aceso o pavio das pautas bomba para atingir o Tesouro Nacional
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A boa e a má notícia sobre a fome e os alimentos no mundo.

Os seres humanos consomem, em média, 2.868 calorias diárias. A boa notícia é que nos últimos 20 anos o mapa da fome foi reduzido no mundo. Segundo a FAO, agência alimentar das Nações Unidas, a porcentagem de pessoas atingidas pela fome caiu de 18,7% para 11,3%. A má notícia é cerca de 800 milhões de pessoas sofrem de desnutrição crônica, enquanto 2 bilhões de seres humanos estão obesos. Ao mapa da fome se sobrepõe o mapa da gula.

A alimentação no mundo se sustenta sobre as 570 milhões de fazendas que, segundo a FAO, existem no planeta. A imensa maioria - cerca de 80% - são pequenas explorações familiares. Por mais que fazendeiros ostentem e imaginem que participam do poder e da riqueza que estão nos alimentos, eles quase nada significam. O verdadeiro poder reside em seus maiores compradores: a indústria agroalimentar. É um setor grande e que dá algumas cartas no sistema de poder mundial. Segundo um relatório do Bank of América Merrill Lynch, essa indústria vale 2,3 trilhões de euros, uma cifra equivalente ao PIB do Brasil e a 3% da economia global. Essas indústrias são poderosas e longevas, quase todas são centenárias. Só há um novo poderoso dentre elas: a brasileira JBS. As Top 10 do setor em ordem de faturamento: Nestlé, Archer-Daniels, Bunge, JBS, Wilmar, Tyson Foods, Mondelez International, Danone, Mitsubishi Shoku e WH Group. A segurança alimentar do planeta depende, e continuará dependendo, do que essas grandes multinacionais fizerem hoje e no futuro.

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A educação grega, tão almejada e raramente conquistada.

"Paideia". A palavra que os gregos usavam como "educação" e que os romanos a traduziam simplesmente por "humanitas". Era uma forma de educação que compreendia o domínio da língua e da literatura grega, o conhecimento dos mitos, a educação física e as competições de atletismo e musicais. Desde seu nascimento até os sete anos, a criança permanecia no entorno familiar. Nesses anos, que se denominavam "alimentação" ("anatrophé"), o menino começava a assimilar a língua grega, algumas fábulas, noções de mitologia, uma certa - e dura - disciplina e a genealogia familiar.

Foi aceso o pavio das pautas bomba para atingir o Tesouro Nacional
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As quatro regras.

A partir dos sete anos, assistido por seu pedagogo, o escravo acompanhava o menino e lhe tomava rapidamente as lições. O menino grego ia à escola do mestre ("didaskalos"), e nesta primeira etapa de instrução aprendia leitura e escritura e as quatro regras. Necessitava de um grande empenho pois tinha de adquirir os primeiros rudimentos de cálculo e aritmética diante do ábaco. A forma de escrever o grego, a "scripto" contínua, em maiúsculas que não separava as palavras nem usava sinais de pontuação (só surgirão bem depois pela influência da escrita adotada no Líbano), supunha um árduo desafio para o menino.

Aos doze anos, o jovem grego passava para a autoridade do "gramático" ("gramatikós"), que ensinava os clássicos, como, por exemplo, Homero, Eurípides, Píndaro e Demóstenes. Compreendia o estudo e análise do texto em um ensino que englobava a leitura, explicação, crítica do texto e juízo ou exemplo moral. O jovenzinho prosseguia sua formação no campo da aritmética, da geometria e da astronomia.

Entre os doze e catorze anos, ele começava sua instrução física. Ser grego era sinônimo de frequentar o ginásio, um conjunto arquitetônico que compreendia um edifício retangular e uma "palestra" (um campo aberto demarcado por colunas, destinado a lutas corporais). Ginásio e palestra operavam como fator de coesão (para os jovens gregos) e de exclusão (para as mulheres e para os "bárbaros" - aqueles que não falavam o grego). Os "paidotribas", orientadores de cuidados físicos, ensinavam dieta e higiene e todos os esportes que constituíam o programa olímpico.

Foi aceso o pavio das pautas bomba para atingir o Tesouro Nacional
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Esportes educativos.

As lutas tinham prioridade. A luta propriamente dita, o "palé" (daí o nome de palestra, o lugar onde exercitavam na luta), que consistia em fazer com que o adversário tocasse no solo com as costas ou os ombros três vezes em cinco assaltos, sem descanso entre eles. O "pancrácio" reunia a luta e o boxe, onde o combate continuava até o abandono do contrário. O pugilato, que tampouco conhecia assaltos e prosseguia até que o oponente caísse inconsciente ou fugisse.

Entre os esportes de lançamento o mais importante era o salto a distância - o corpo era lançado em um quíntuplo salto sem corrida. A "discobolia" - o lançamento de disco, e o lançamento de dardos, também tinham grande importância. As provas de velocidade incluíam o "drómos" - que media 200 metros, o "diaulós" - ida e volta nos 200 metros, o "hípios" - 800 metros e o "dolichós" - que variava entre 1.400 e 4.400 metros. O mais difícil, todavia, era o "holiptódromo", uma corrida com armadura e escudo.

O jovem grego aprendia desde muito cedo a equitação, a montar e a conduzir as carroças que eram puxadas por mulas, potros e cavalos. Por último, a educação do jovem era completada com aulas de dança, canto e especialmente de cítara (um instrumento de cordas). Aos dezoito anos o jovem grego entrava no último e decisivo período de formação: a "efebía". Nessa etapa ele só podia ficar por dois anos, nos quais se incrementavam os exercícios feitos nos ginásios e se dava ênfase na formação militar com o manejo de diferentes armas. Paralelamente aos exercícios continuava o desenvolvimento intelectual com lições, conferências e audições musicais e o "efebo" era conduzido às bibliotecas para aprender retórica, filosofia, ciências e literatura.

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