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Em Pauta

Não chamaram a educação para ajudar a controlar a pandemia

Mário Sérgio Lorenzetto | 21/03/2021 08:54
Campo Grande News - Conteúdo de Verdade

A verdade é que uma das maiores falácias sobre o Brasil é que ele é um país que não sabe o que são catástrofes e, assim, não sabe controlá-las. É verdade quando se trata de terremotos ou furacões. Mas inundações e queimadas são costumeiras, apenas não são prevenidas pelos permissivos governantes. As tragédias humanas são ainda mais comuns. Chacinas, pobreza extrema, violações múltiplas são corriqueiras no país.


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Tiroteios tiram crianças das escolas.

Apenas um exemplo pouco conhecido e catastrófico: no Rio de Janeiro, mais de 20% dos alunos da rede municipal perdeu de 1 a 15 dias de aula em função dos tiroteios. Substituindo tiroteios por brigas, bullyings e assédios, por aqui, os números não devem ser muito diferentes. Crianças das escolas públicas são as que perdem país, irmãos ou outros parentes para mortes intencionais violentas. E elas são bem acolhidas pelas precárias escolas. As escolas são um bom ponto de controle das catástrofes brasileiras.


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Como agir no início das catástrofes.

Faltou aos prefeitos, governadores e Brasília - inclusive os da educação - a articulação institucional e o aproveitamento do conhecimento dos profissionais acostumados a lidar com emergências: assistentes sociais, agentes de saúde, organizações da sociedade civil e professores não foram chamados para ajudar a controlar a pandemia. Há três questões que poderiam ter sido convocados: 1) identificar e contatar os afetados, 2) oferecer-lhes as necessidades mínimas, 3) consolidar uma rede de apoio e construir com eles um plano de ação de médio prazo.


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Segunda onda é sempre mais mortal.

As autoridades fingiram desconhecimento de que as segundas ondas de uma pandemia qualquer são sempre mais mortais que a primeira. Assim foi com a gripe espanhola, no começo do século passado. Será com a próxima. Entre uma e outra onda, a primeira tarefa deveria ser chamar país, alunos e professores para identificar as suas necessidades imediatas e, com eles, construir uma rede de apoio aos mais necessitados. Mas isso dá trabalho. E se há algo que autoridade tem ódio é trabalhar em dois turnos. Só gostam de conversa fiada.


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A merenda escolar.

Muitas cidades deixaram de entregar a merenda escolar. Em algumas, não tinham contato com a residência dos alunos. Outras, entregaram via cartão eletrônico. Mas há uma falha gigantesca pouco debatida: Brasília não permitiu que a merenda do Programa Nacional de Alimentação Escolar fosse entregue nas residências dos alunos. Com essa atitude, não só deixaram de alimentar milhões de crianças, como promoveram o recuo das pequenas comunidades agrícolas que fornecem a merenda, assim como os pequenos comerciantes.


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Rastreamento de contatos funciona bem em uma pandemia.

Todos conhecem o sucesso do rastreamento de casos de covid-19 na Coreia do Sul. Por lá, empregaram o que tem de melhor: a alta tecnologia. Mas há outra experiência que também se saiu bem. Na Inglaterra, convidaram as escolas para participar dos esforços de contatar as pessoas com a doença. É assim, lhes fornecer testagem e informações corretas. Temos mais de 140 mil escolas públicas no país. E se algumas delas fossem disponibilizadas para que famílias pobres pudessem se isolar temporariamente?

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