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Em Pauta

Os desastres na exploração mineral continuarão

Mário Sérgio Lorenzetto | 30/01/2019 08:46
Os desastres na exploração mineral continuarão

Há dezenas de anos os piores desastres da mineração não acontecem nas minas. Acontecem em represas. Depois que os minerais são extraídos das minas, deixam materiais residuais - areia, rocha e diversos produtos químicos. São conhecidos como "rejeitos". E são permanentemente armazenados em barragens construídas de terra, rocha ou concreto. Note bem: permanentemente. Para sempre. E isto não é um detalhe.
As barragens falham. É comum que as falhas sejam causadas devido à erosão química causada pelos rejeitos. Ou por alguma enchente. Ou outra intempérie qualquer. O preço sempre é a devastação. Algumas vezes, ocorrem assassinatos disfarçados de "acidentes". Ou mais ameno "incidente". E o mundo sabe disso.

Os desastres na exploração mineral continuarão
Os desastres na exploração mineral continuarão
Os desastres na exploração mineral continuarão

O Relatório do Programa Ambiental das Nações Unidas.

É a primeira vez que a ONU cria coragem e documenta a destruição generalizada causadas por essas falhas nas barragens. Contabilizados desde 1985, são centenas de acidentes ocorridos no mundo. Os dois piores, de acordo com o Relatório, foram o brasileiro, de três anos atrás, e um vazamento na Romênia, no ano 2.000, considerado como o pior desastre ambiental desde Chernobyl. O segundo bloco de piores desastres nas barragens ocorreram nos Estados Unidos, Filipanas, Canadá e Israel.
O objetivo do trabalho é "reduzir as falhas catastróficas das barragens de rejeitos". Também apresentam o conhecimento técnico necessário "para construir e manter instalações seguras de armazenamento de rejeitos". Essa tecnologia existe há muito tempo. Não a adotam no Brasil simplesmente porque aspiram por lucros estratosféricos. Os desastres, afirma o Relatório, são originários de "um comprometimento inadequado com o armazenamento seguro, combinado com uma má administração, essas as causas da maioria dos fracassos". As propostas para os desastres são simples: "expandir os regulamentos e impor sanções financeiras e criminais por descumprimento". Eis o mapa da mina. Ou melhor, o mapa dos desastres na exploração mineral no mundo:

Os desastres na exploração mineral continuarão
Os desastres na exploração mineral continuarão
Os desastres na exploração mineral continuarão
Os desastres na exploração mineral continuarão

Bang! Os maiores terremotos da história.

Por volta de 1936 dois californianos descobriram um meio de fazer comparações entre um terremoto e o seguinte. Eles eram Charles Richter e Beno Gutenberg. Injustamente, a escala se tornou conhecida apenas como Richter. O culpado não foi Richter. Sujeiro modesto, nunca se referiu à escala com seu próprio nome.
O maior terremoto desde a invenção dessa escala foi um centrado no Alasca, em março de 1964, que mediu 9,2 pontos na escala Richter. seu concorrente direto ocorreu ao largo da Costa do Chile, em 1960, inicialmente registrado com magnitude 8,6, mas depois revisado em uma escala realmente grandiosa de 9,5. Ambos foram colossais. O do Chile causou danos generalizados em toda a costa do Pacífico na América do Sul. desencadeou um tsunami que rolou quase 10 mil quilômetros pelo Pacífico e atingiu grande parte do Hawaí, destruindo 500 prédios. Chegou ao Japão e nas Filipinas fazendo ainda mais vítimas. Nunca souberam dizer quanto morreram.
Contudo, em termos de devastação concentrada, o terremoto mais intenso já registrado na história ocorreu em Lisboa, no ano de 1755. Pouco antes das dez da manhã, a cidade foi atingida ferozmente por sete minutos por um terremoto de magnitude 9,0. A força convulsiva foi tamanha que a água afastou-se do porto e retornou em uma onda com 15 metros de altura, aumentando a destruição. Os sobreviventes desfrutaram só de 3 minutos de calma antes que um segundo choque viesse, apenas ligeiramente menos forte que o primeiro. Ao término da hecatombe 60 mil pessoas estavam mortas e praticamente todas as construções reduzidas a escombros.
Em geral, quanto maior o intervalo entre terremotos, maior a pressão reprimida. Essa é uma preocupação típica de Tóquio, que Bill McGuire, especialista britânico , descreve como "a cidade aguardando a morte". Tóquio foi erguida no limite de três placas tectônicas, o choque delas serão devastador. Em 1995, como você lembrará, a cidade de Kobe, que fica a 500 km de Tóquio, foi atingida por um terremoto de magnitude de 7,2 que matou 6.394 pessoas. Isso é bem pequeno como que pode ocorrer em Tóquio. Em 1 de setembro de 1923, pouco antes do meio-dia, Tóquio foi atingida pelo que se conhece como terremoto Grande Kanto. Um evento dez vezes mais poderoso que o de Kobe. Duzentas mil pessoas morreram. Desde aquela época, as placas sob Tóquio tem estado misteriosamente tranquilas, de modo que a pressão sob a superfície vem aumentando há mais de 80 anos. Uma hora a coisa vai estourar. Em 1923, Tóquio era habitada por 3 milhões de pessoas. Hoje, aproxima-se dos 30 milhões.

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