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Em Pauta

PCC pagava US$ 80.000 para ajudar na fuga da cadeia

Mário Sérgio Lorenzetto | 21/01/2020 06:21
PCC pagava US$ 80.000 para ajudar na fuga da cadeia

Foi a maior fuga de uma cadeia no Paraguai. Do total de 75 presos evadidos da cadeia, 40 são de nacionalidade brasileira. Até agora, apenas um deles foi reencarcerado. A polícia sabe que quanto mais tempo o fugitivo ganha, maiores chances têm de "desaparecer".
Seis camionetas utilizadas na fuga foram encontradas queimadas em Ponta Porã, segundo uma porta voz policial, citada pela France Press. Entre os fugitivos, alguns estavam envolvidos em uma batalha carcerária no Paraguai que terminou com vários reclusos decapitados, o "castigo" utilizado pelos narcotraficantes para inimigos e traidores.

PCC pagava US$ 80.000 para ajudar na fuga da cadeia

A fuga pagava US$ 80.000.

As autoridades paraguaias não puderam evitar a fuga ainda que, segundo admitiram, já em dezembro tiveram informação de que o PCC estava oferecendo uma recompensa de US$80.000 (algo como R$ 330.000) a cada um que lhes ajudasse a evadir seus filiados. O Paraguai demitiu fulminantemente o diretor do presídio e vinte e oito guardas. Nenhum deles deu o alarme da fuga. Certamente passaram semanas cavando o túnel e acumulando centenas de sacos de areia e de escombros. Até cego enxergaria esse buraco.

PCC pagava US$ 80.000 para ajudar na fuga da cadeia

PCC: uma das maiores empresas brasileiras.

As autoridades consideram que o PCC têm nas cadeias brasileiras nada menos de 30.000 "funcionários". A maior empregadora brasileira é o call center Atento que reúne 73 mil funcionários. Na vice-liderança, aparece a BRF, dona da Sadia e Perdigão, com 55 mil empregados. Contando tão somente os presidiários, o PCC ocuparia a quarta posição pois perderia o terceiro posto para a Vale, que conta com 43 mil funcionários. O PCC é gigantesco. Não serão leis mixurucas - que só servem para aplausos de ingênuos - e nem armas de brinquedo, que os colocarão em uma posição de inferioridade. O ataque quase simultâneo na fronteira brasileira e no Acre, mostram uma pequena parcela de sua força. Em verdade, o PCC, e seus concorrentes, fazem o que bem entendem, com pouquíssimo poder de prevenção e de fogo do governo.

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