Cena triste: anta é encontrada morta após atropelamento em Miranda
Apesar do caso, profissional que registra imagens na via nota diminuição no número de atropelamentos
Anta foi encontrada morta atropelada no acostamento da BR-262, em Miranda, na manhã deste domingo (7). A cena triste, registrada pelo repórter fotográfico Jairton Bezerra, próximo à base da PRF (Polícia Rodoviária Federal) Guaicurus, a 208 quilômetros de Campo Grande, mostrava o animal ao lado de urubus. Esse caso foi sugerido por leitor que enviou mensagem pelo canal Direto das Ruas.
RESUMO
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Uma anta foi encontrada morta após atropelamento na BR-262, em Miranda, a 208 quilômetros de Campo Grande. O incidente ocorreu próximo à base da PRF Guaicurus, onde o animal foi fotografado ao lado de urubus no acostamento da rodovia. A BR-262 lidera os casos de atropelamentos de animais silvestres em Mato Grosso do Sul. Para minimizar o problema, o DNIT instalou duas passagens de fauna entre Aquidauana e Corumbá. Mesmo assim, 2,3 mil animais morreram em um trecho de 350 quilômetros da rodovia entre maio de 2023 e abril de 2024.
Apesar do flagrante, Jairton afirma ter percebido uma redução no número de animais atropelados nos últimos anos. “É até admirável. Anos atrás, havia mais mortes”, comentou.
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A BR-262 é a rodovia que mais concentra atropelamentos de animais silvestres em Mato Grosso do Sul. Para tentar reduzir os impactos, o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) instalou no mês passado duas novas passagens de fauna no trecho entre Aquidauana e Corumbá.
Segundo a bióloga Fernanda Abra, do ICAS (Instituto de Conservação de Animais Silvestres), as estruturas foram construídas sob a pista e serão cercadas para direcionar a fauna. “Elas integram o Plano de Mitigação da Fauna, que prevê dezenas de passagens para facilitar a travessia dos animais”, explicou.
Mesmo com essas medidas, os atropelamentos continuam frequentes. Entre maio de 2023 e abril de 2024, 2,3 mil animais silvestres morreram em um trecho de 350 quilômetros da BR-262 entre Campo Grande e a ponte sobre o Rio Paraguai, conforme levantamento do ICAS. Já entre 2017 e 2020, foram registradas 215,9 mil carcaças nas rodovias estaduais e federais do Estado.
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