Mães de bebês e de menino com meningite apelam por vagas em hospitais da Capital
Casos de doenças respiratórias sobrecarregam rede pública desde abril

A semana segue com unidades de pronto atendimento superlotadas em Campo Grande, além de vagas insuficientes nos hospitais. As doenças respiratórias continuam pressionando a rede pública e deixando principalmente crianças à espera do atendimento adequado para casos graves. O Direto das Ruas recebeu três relatos com apelos por vaga só nesta terça-feira (27).
RESUMO
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Unidades de saúde em Campo Grande enfrentam superlotação, com pacientes aguardando vagas em hospitais. Entre os casos críticos, um menino de 4 anos com meningite está isolado na UPA Coronel Antonino desde sábado, necessitando de exames específicos para identificar o tipo da doença. No CRS Tiradentes, uma bebê de pouco mais de um mês, com bronquiolite e icterícia, aguarda transferência desde sexta-feira. No mesmo local, outros três recém-nascidos também esperam por vagas, incluindo um caso grave de uma bebê entubada que necessita de internação urgente.
Um deles foi feito pela consultora de vendas Amanda Matos, mãe de um menino de 4 anos que está com meningite. Ele está em quarto isolado da UPA (Unidade de Pronto Atendimento Coronel Antonino) desde sábado (24).
Por mais que esteja tomando antibiótico e remédio para dor na unidade, o garoto precisa fazer um exame para identificar qual tipo de meningite que contraiu e começar um tratamento direcionado. "Isso não é possível fazer aqui, é só em hospital, segundo os médicos", diz a mãe.
Amanda conta ainda que houve confusão com o formulário de pedido de vaga dentro da unidade, que contribuiu para demora ainda maior em consegui-la. "Colei na porta do quarto onde meu filho está, mas o médico não preencheu nem assinou. Depois, me disseram que perderam a ficha dele na unidade", fala.
Bebês - Na área vermelha do CRS (Centro Regional de Saúde) Tiradentes, a auxiliar de cozinha Katiele da Silva acompanha a filha de apenas 1 mês e 6 dias. A menina está com bronquiolite e quadro de icterícia preocupante.
A bebê está no local desde sexta-feira (23) e também precisa ser tratada no ambiente hospitalar, segundo a mãe, que está ao lado de outros três recém-nascidos que também estão com bronquiolite e aguardam vaga de internação. "Não é fácil, estou com dor de cabeça e não consigo dormir", desabafa. A auxiliar de cozinha tem outros quatro filhos que são cuidados pela família enquanto ela faz o que pode pela caçula no CRS.
Outra bebê que está no mesmo local foi entubada. O quadro é grave e ela precisa de vaga em hospital com urgência. A reportagem ainda não conseguiu contato com a mãe para atualizar o caso e saber de mais detalhes.
Transferência - A Secretaria Municipal de Saúde foi questionada sobre a previsão de garantir as vagas para o menino e para as bebês e respondeu que está buscando soluções aos casos, especialmente para transferir a bebê entubada, que é o mais crítico.
"É importante informar que nenhuma unidade hospitalar está com ventilador respiratório disponível neste momento, sendo inviável a transferência da criança para uma unidade hospitalar para ficar em uso de ambu enquanto onde está, ela segue em suporte ventilatório, o que garante o conforto necessário para que o organismo se recupere. A pasta segue em contato com os hospitais da Capital para que seja feita a transferência da paciente o mais rapidamente possível", disse em nota.
Quanto à vaga para o menino com meningite, ela saiu após a publicação da matéria. Já a bebê com icterícia não apresenta quadro respiratório, ainda segundo a Sesau, e por isso deve continuar internada na unidade de pronto atendimento, a não ser que precise realizar exame específico em hospital.
Matéria editada após a publicação para acrescentar retorno da Sesau.
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