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Direto das Ruas

Retirada de asfalto levanta poeirão e causa transtornos no Nova Campo Grande

Asfalto foi retirado para instalação e esgoto, mas moradores reclamam que trabalho parou e sujeira ficou

Silvia Frias e Alana Portela | 04/05/2021 11:53
Sem asfalto, passagem de veículos levanta a poeira na Rua 57 (Foto: Marcos Maluf)
Sem asfalto, passagem de veículos levanta a poeira na Rua 57 (Foto: Marcos Maluf)

Munida de fones de ouvido e mangueira, autônoma Gabriela Cardoso, 28 anos, começa o dia jogando água na calçada e na rua 57, em frente de casa. Há um mês, incorporou ação à rotina, medida paliativa para baixar a poeira que começou a partir da retirada do asfalto para instalação do esgotamento na via.

“Está uma terra insuportável”, disse. Na casa, mora com os pais e o irmão há 18 anos. Todos tem algum tipo de alergia, o que se agravou com a obra. O pai até se submeteu a dois testes de covid-19 pois não sabia dizer se os sintomas eram da alergia ou do infecção. “Todo dia alguém aqui faz inalação para poder respirar melhor”.

Gabriela conta que, no começo, a obra seguia dinâmica, com a retirada do asfalto e a passagem de caminhão-pipa para amenizar o poeirão. Agora, quem faz esse serviço com mais frequência é ela, duas vezes ao dia. As equipes de trabalho também não foram mais vistas, segundo ela.

Gabriela tenta amenizar situação em frente de casa (Foto: Marcos Maluf)
Gabriela tenta amenizar situação em frente de casa (Foto: Marcos Maluf)

Também reclama de vazamento de água que começou há dias. “Já avisamos a Águas, mas, nada até agora”, disse.

 A aposentada Altamira Aparecida Vieira, 66 anos, mora no bairro desde 2021 e passa o dia trancada em casa. Se antes era pela quarentana, agora, portas e janelas ficam cerradas para evitar que a terra vermelha entre. “Fico agoniada aqui”. Quando sai, se sente pior.

O uso da água para amenizar a poeira é estratégia usada por outros moradores da rua e, como consequência, tem atingido no bolso. A comerciante Cláudia Bezerra Leon, 52 anos, mora no Nova Campo Grande há 20 anos e recorreu ao artifício para evitar que a terra entrasse e sujasse a casa. Viu a conta dobrar de um mês para o outro, chegando a R$ 300.

“Eu sei que é benfeitoria para o bairro, mas essa situação está nos prejudicando, queremos nosso direito”

A reportagem entrou em contato com assessoria da Águas Guariroba, concessionária de água e esgoto de Campo Grande. A informação é que a empresa já concluiu as obras de implantação de rede de esgoto desse trecho há aproximadamente um mês e, agora, cabe à prefeitura para fazer cronograma de drenagem e asfaltamento pela prefeitura.

Sobre o vazamento de água potável, a concessionária diz que irá enviar equipe para averiguar o problema.

A prefeitura informou que está implantando a drenagem no bairro e, em seguida, fará o recapamento e que o trabalho de recomposição da terraplanagem ainda está em andamento.  A assessoria diz que a empreiteira tem passado o caminhão pipa três vezes por dia para amenizar o problema da poeira. Alega que obra de infraestrutura de grande porte sempre traz algum tipo de transtorno.

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Caminhão-pipa na rua, cena rara depois da retirada do asfalto, dizem moradores (Foto: Marcos Maluf)
Caminhão-pipa na rua, cena rara depois da retirada do asfalto, dizem moradores (Foto: Marcos Maluf)



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