Após corte de juros nos EUA, dólar sobe e bolsa perde força
Moeda fechou em R$ 5,31 nesta quinta-feira (18); Ibovespa cai 0,06% após bater recorde
O dólar subiu 0,33% e fechou cotado a R$ 5,31 nesta quinta-feira (18), após o corte de juros nos Estados Unidos e a manutenção da Selic em 15% no Brasil. A alta ocorreu durante negociações na B3, em São Paulo, e refletiu o ajuste dos investidores ao novo cenário monetário. O avanço da moeda aconteceu porque o mercado esperava juros menores também no Brasil, o que não ocorreu.
RESUMO
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Dólar fecha em alta após corte de juros nos EUA e manutenção da Selic no Brasil. A moeda americana subiu 0,33%, cotada a R$ 5,31, refletindo o ajuste dos investidores ao cenário monetário. O mercado esperava corte da Selic, o que não ocorreu. Ibovespa caiu 0,06%, fechando em 145.499 pontos, influenciado pela alta do dólar. Corte de 0,25 ponto percentual nos juros americanos foi o primeiro em nove meses. Presidente do Fed sinaliza possibilidade de novos cortes, dependendo do mercado de trabalho. Bolsas globais reagiram de forma mista à decisão. Pedidos de seguro-desemprego nos EUA ficaram abaixo do esperado.
O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, caiu 0,06% e encerrou o dia aos 145.499 pontos, após ter renovado recordes nas sessões anteriores. O desempenho negativo acompanhou a valorização do dólar e ocorreu apesar do otimismo recente com a economia. Na semana, o índice ainda acumula alta de 2,27%, com avanço de 2,88% no mês e de 20,96% no ano.
O corte de 0,25 ponto percentual feito pelo Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) foi o primeiro em nove meses e reacendeu apostas de novos cortes até dezembro. O presidente do Fed, Jerome Powell, disse que o mercado de trabalho mostra sinais de enfraquecimento e que as próximas decisões serão avaliadas a cada reunião. O Comitê Federal de Mercado Aberto aprovou a medida por ampla maioria, com oposição de apenas um integrante.
A decisão ocorre em meio à pressão do presidente Donald Trump sobre o Fed, incluindo tentativas de demitir a diretora Lisa Cook, barradas pela Justiça. O impasse levantou dúvidas sobre a independência da autoridade monetária americana e aumentou a cautela dos investidores. Ainda assim, Powell afirmou que os efeitos de tarifas impostas pelo governo sobre os preços seguem limitados.
Nos Estados Unidos, os pedidos semanais de seguro-desemprego ficaram em 231 mil, abaixo da previsão de 241 mil, o que reforçou a avaliação de que o mercado de trabalho perde fôlego. No Brasil, não houve divulgação de indicadores econômicos relevantes nesta quinta-feira. A atenção se voltou ao leilão de títulos públicos promovido pelo Tesouro Nacional, com oferta de LTN (Letras do Tesouro Nacional) e NTN-F (Notas do Tesouro Nacional, série F).
As bolsas globais reagiram de forma mista ao corte de juros nos EUA. Em Wall Street, os índices subiram: S&P 500 avançou 0,47%, Nasdaq teve alta de 0,94% e Dow Jones ganhou 0,27%. Na Europa, as principais bolsas fecharam em alta, com destaque para Frankfurt (+1,35%) e Paris (+0,87%). Já na Ásia, houve quedas na China e em Hong Kong, enquanto Tóquio e Seul registraram ganhos.
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