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Economia

Com investimento de R$ 200 mil, loja delivery é opção rentável para vendas

Renata Volpe Haddad | 31/05/2015 10:43
Na van cabem 700 roupas, tudo pensando nos mínimos detalhes. (Foto: Fernando Antunes)
Na van cabem 700 roupas, tudo pensando nos mínimos detalhes. (Foto: Fernando Antunes)

As vans que andam por Campo Grande vendendo roupas e acessórios, caíram no gosto da população e são uma nova forma de ter o próprio negócio. Sem precisar pagar caro pelo aluguel de uma loja física e investimento de até R$ 200 mil, é possível ter um comércio móvel.

Além da van, a criatividade para poder montar uma loja dentro dela conta muito e custa caro, até R$ 12 mil de investimento na marcenaria, mas há empreendedor que fale que em menos de um ano, é possível ter o retorno nas vendas.

Esse é o caso da Boutique de Rua, franquia que está na Capital a quase um ano. O dono, Claudio de Oliveira afirma que a filha sempre teve interesse de ter a própria loja. “Vi na televisão os food's truck, ai fomos pesquisar e descobrimos que já tinha a franquia em Campinas, Belo Horizonte, Curitiba, Santa Catarina e Salvador”, comenta.

Os custos para manter a Boutique de Rua não são tão altos, segundo Oliveira. “Dependendo de quanto eu ando por mês, são R$ 250 de diesel, pago uma comissão de 10% para a vendedora, além dos impostos. É muito lucrativo e tem mês que é possível ganhar R$ 21 mil, bruto”, explica.

Outra van que vem ganhando o mercado é a Help Me. A aposentada Marly de Oliveira Gonzales resolveu que não queria ficar em casa e junto com o filho, decidiu montar uma loja delivery. “No início, não iríamos comprar uma van, seria um carro menor, mas eu queria algo diferente e que chamasse a atenção, sem abrir mão da comodidade para atender as clientes”, ressalta.

Sendo assim, deu um valor de entrada e parcelou o restante do veículo. “O negócio se paga sozinho. Foram R$ 60 mil investidos, mas deu trabalho achar um profissional para montar o interior da loja, chegaram a me cobrar R$ 32 mil, mas consegui por R$ 12 mil”, completa afirmando que ela e a amiga desenharam o projeto.

Marly é quem dirige a van e contratou uma funcionária para vender as roupas.“Minha ideia sempre foi a de fazer tudo sozinha, só que não tem como. Eu atendia uma cliente e tinha que ir para outra e tudo na loja estava bagunçado, não dava para atender com o melhor que eu tinha a oferecer”, afirma.

Help Me tem um custo de R$ 9 mil mensalmente, incluindo impostos, funcionária e a parcela da van. “Líquido eu consigo tirar R$ 5 mil por enquanto. Agora, quero vender roupas masculinas. As minhas clientes sempre pedem e vou começar para ver como será, se der certo, eu vou continuar vendendo, mas é preciso expandir os rumos”, finaliza.

Irmãs querem vender estilização e dar consultorias para quem tiver interesse. (Foto: Fernando Antunes)
Irmãs querem vender estilização e dar consultorias para quem tiver interesse. (Foto: Fernando Antunes)

Pioneirismo- Boutique Delivery é a pioneira em Campo Grande, começou em 2013. Foi criada pelas irmãs Deyse Faccin Nogueira e Alexandra Faccin. Deyse é quem cuida da parte burocrática, e conforme ela, o investimento foi alto, mas o retorno vale a pena. Agora, as irmãs pensam em um novo projeto: vender a estilização da van e dar consultoria.

“Muitas pessoas querem saber como fazer uma loja delivery. Temos um marceneiro que abraçou a nossa ideia e fez tudo pensando no mínimo detalhe”, afirma. Quem vende as peças e dirige a Boutique Delivery, é a Alexsandra. Ela conta que sempre trabalhou com vendas. “Pegava o carro e ia vendendo roupas, ai queríamos inovar e pensamos na van achando que tivemos uma ideia muito boa, fomos pesquisar e descobrimos que já existia em outras cidades”, ressalta.

No mesmo dia em que começaram a andar pela Capital, as pessoas paravam as irmãs para saber como tinham tido a ideia. “Até hoje muitas perguntam, querem saber com qual marceneiro fizemos o interior da van que cabe mais de 700 peças, entre roupas, acessórios e bijuterias. Com tanta gente nos perguntando, vamos vender a estilização e dar consultoria do melhor local para compras, essas coisas”, conta Deyse.

Elas também pagam impostos e a cada três dias precisam fazer uma nova nota fiscal. “No começo isso nos confundia muito, isso é chato e é uma burocracia desnecessária, vencer duas vezes por semana a nota, mas já acostumamos e pegamos o jeito”, alega.

Todas as roupas das três vans, são de São Paulo e atendem o público feminino do PP ao extra G. E as peças variam de R$ 25 até R$ 360.

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