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Economia

DNIT reprograma e obra do Porto Seco de Campo Grande pode ser retomada

Josemil Arruda | 29/05/2014 17:03
Porto Seco está sendo construído próximo ao lixão do Dom Antônio Barbosa (Foto: arquivo)
Porto Seco está sendo construído próximo ao lixão do Dom Antônio Barbosa (Foto: arquivo)

O secretário municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação (Seintrha), Semy Ferraz, informou esta tarde que o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) já promoveu a reprogramação do Porto Seco de Campo Grande. “Foi publicada hoje no Diário Oficial da União e com isso podemos retomar a obra”, informou Semy.

A paralisação de cerca de dois anos teria decorrido de suspeita de irregularidades nas contas apresentadas, com regularizações tendo sido exigidas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), e anúncio de falência da CGR Engenharia, à qual foram pagas as pendências e a empresa teria garantido condições de concluir a obra. “Agora temos de fazer contrato com CGR para comprar equipamento de iluminação, bomba de esgoto e outros itens”, disse o secretário.

No começo de fevereiro, Semy declarou que com a retomada da obra seriam necessários dois meses para sua conclusão. Hoje, porém, informou que a reprogramação vai até 7 de novembro, mas que acredita que em “90 dias” seja possível completar a execução. “Nossa expectativa era essa para aprovar no DNIT, mas mudou a diretoria e voltou a estaca zero”, justificou.

A obra do Terminal Intermodal de Campo Grande, mais conhecido como Porto Seco, é fruto de convênio entre a prefeitura da Capital e o Ministério dos Transportes e tem custo orçado em R$ 26 milhões, dos quais faltariam ser executados R$ 4 milhões. “O dinheiro tem e acredito até que vamos ter de devolver dinheiro, já que deve sobrar mais de R$ 1 milhão”, revelou o chefe da Seintrha. 

Porto Seco - O empreendimento localizado às margens do anel rodoviário de Campo Grande, no trecho entre a BR-163, saída para São Paulo e a BR-060, saída para Sidrolândia, próximo do lixão do Dom Antônio Barbosa, tem área total de 65 hectares. O projeto inclui infraestrutura ferroviária interna e instalação da Zona de Processamento de Exportação abrangendo a construção de infraestrutura para transportes rodoviário, ferroviário e aeroviário. Já os terminais de carga serão feitos em parceria com a iniciativa privada.

A infraestrutura do Terminal tem obras de pavimentação de quase sete quilômetros de vias, construção de 23 quilômetros de ramal ferroviário, estacionamento para 290 vagas e 700 metros de galerias de captação de águas pluviais (drenagem). O terminal contará ainda com rede de energia elétrica e iluminação pública, captação, armazenagem e rede de distribuição de água potável e mais de cinco quilômetros de rede coletora de esgoto.

Também serão construídos quatro grandes setores que serão destinados à movimentação dos produtos que são transportados em maior volume como os grãos, farelos, combustível, fertilizantes e contêineres. Na entrada do Terminal, uma área de 15 mil metros quadrados estará reservada para o Centro Logístico e Industrial Aduaneiro que irá agilizar os processos de exportação e importação. Em razão do projeto, Campo Grande já ampliou em 136,85 hectares o perímetro urbano do município.

O Terminal Intermodal com acesso rodoferroviário será responsável pela redução de custos operacionais, diminuição do percurso dos veículos rodoviários que demandam ao centro e o uso racional dos serviços de coleta e entrega de mercadorias. O empreendimento trará benefícios na logística com a redução do tempo de espera para carregamento e descarregamento e de possibilidade de acidentes com a redução do tráfego de caminhões na cidade e com a localização das bases de combustíveis em áreas mais adequadas. Os benefícios se estendem ainda ao melhor uso da estrutura de transportes existentes com a transferência de cargas da rodovia para a ferrovia e vice-versa.

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