Dólar sobe para R$ 5,40 após pacote de ajuda do governo a exportadores
Ibovespa recua 0,88% com impacto de medida provisória que prevê R$ 30 bilhões em crédito

O dólar à vista fechou em alta de 0,27% nesta quarta-feira (13), cotado a R$ 5,40, após o governo anunciar um pacote de ajuda às empresas afetadas pelo tarifaço dos Estados Unidos.
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O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, caiu 0,88%, aos 136.705 pontos, refletindo a reação dos investidores ao impacto fiscal da medida e à expectativa de pressão sobre juros e câmbio. Analistas apontam que o pacote pode aliviar exportadores, mas preocupa pela possibilidade de aumento no déficit público.
O movimento ocorreu no mesmo dia em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou a medida provisória “Brasil Soberano”, que libera R$ 30 bilhões em crédito e adia tributos para setores mais prejudicados. O programa prevê que as empresas beneficiadas mantenham empregos para ter acesso ao crédito.
O governo também prorrogou por um ano o prazo para exportar mercadorias com insumos do regime de drawback, adiou a cobrança de impostos e concedeu crédito tributário para vendas externas, com alíquotas de até 3,1% para grandes e médias empresas e 6% para micro e pequenas.
No cenário doméstico, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou que as vendas no varejo caíram 0,1% em junho em relação a maio e cresceram 0,3% frente ao mesmo mês do ano passado. Os números ficaram abaixo das projeções de alta de 0,7% e 2,4%, respectivamente, indicando desaceleração no segundo trimestre.
Economistas afirmam que o consumo tende a perder ritmo ao longo do ano devido aos juros elevados. A Selic permanece em 15% ao ano, e o Banco Central já sinalizou que não deve reduzir a taxa no curto prazo.
Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump (Republicano) disse avaliar 11 nomes para substituir Jerome Powell no comando do Federal Reserve, o banco central estadunidense em 2026. A notícia movimentou expectativas sobre a política monetária americana.
No mercado internacional, bolsas de Nova York, Ásia e Europa fecharam em alta, impulsionadas pela inflação americana abaixo do esperado e pela perspectiva de corte de juros pelo Fed em setembro.
O avanço das bolsas no exterior não foi suficiente para segurar o mercado brasileiro, que encerrou o pregão pressionado pelo câmbio, pelo cenário fiscal e pela frustração com os dados internos.
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