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Economia

Feiras promovem economia criativa e redescobrem praças pela cidade

Anny Malagolini | 26/08/2016 10:12
Feira Vegana acontece na Praça do Imigrante (Foto: Reprodução/Facebook)
Feira Vegana acontece na Praça do Imigrante (Foto: Reprodução/Facebook)

O surgimento das feiras alternativas em Campo Grande, que não se enquadram no modelo tradicional, tem representado uma nova forma de economia: a criativa. Pequenos empreendedores tem conquistado visibilidade no mercado, justamente por meio destes eventos, ainda invisíveis aos olhos de muitos.

A periodicidade destas feiras costuma ser semanal. Os novos eventos também conseguiram a façanha de trazer à tona, locais que haviam se tornado esquecidos pela maior parte dos campo-grandenses. São praças, áreas centrais e até becos, espaços que até são conhecido, mas raramente apresentam movimentação.

A Praça do bairro São Francisco - no final da Rua 14 de Julho - é um desses lugares, onde ocorre todas as terças-feiras a “São Chico”, feira organizada por Camila Santana, 31 anos. O evento semanal tornou-se um das mais queridos no meio alternativo, e consegue reunir dezenas de novos empreendedores da gastronomia, moda e de artesanatos.

Para Camilla, a economia criativa está presente até mesmo no processo que antecede a feira, já na seleção de novos expositores.  Segundo ela, vale até mesmo uma ‘vaquinha’ para financiar o trabalho dos colegas. “Trabalho não está fácil, e é uma forma de incentivar novos talentos, porque aqui ninguém ajuda no processo de construção, não há um alicerce. Se ajudando a gente consegue”.

Outro ponto da cidade que foi redescoberto pelos entusiastas da economia criativa foi a Praça dos Imigrantes, na Rua Barão de Melgaço, na área central. Semanalmente o local recebe a feira Vegana, que comercializa exclusivamente produtos de origem vegetal.

Ed Wassouf é um dos autores da iniciativa, que é realizada desde o início do ano. Ele explicou que o veganismo - boicote à atividades e produtos que são contra direitos dos animais e ambientais -, deu origem a um um coletivo gastronômico,  e então, os membros se uniram e criaram a feira. 

Para ele, a feira é uma oportunidade de amadurecer a experiência mercado, com baixo investimento e pouca burocracia. A informalidade fora do padrão das vitrines seria um dos principais elementos que explique o crescimento deste modelo de economia. “O aumento foi grande na, surgiram 7 feiras novas na cidade, e a cada feira vegana aumenta o número de expositores”, observou.  

Economia criativa vende de roupas a artesanatos (Foto: Arquivo Campo Grande News)
Economia criativa vende de roupas a artesanatos (Foto: Arquivo Campo Grande News)

A essência da economia é produzir bens e serviços criativos, e foi por isso que a publicitária Ana Paula Palmeira apostou no modelo para entrar no mercado. Ela comercializa cactos e plantas suculentas em vasos decorados.

Ela conta que seu trabalho era divulgado pelas redes sociais, mas foi por meio feiras das feiras que teve contato direto com seu público. “É difícil, mas batalhamos porque queremos ter um espaço, mostrar nossa arte, nosso esforço, o trabalho suado que quase ninguém dá valor”, relatou.

Mercado - Relatório de Economia Criativa elaborado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), destacou que a economia criativa se tornou em uma poderosa força transformadora no mundo de hoje.

O levantamento que este é um dos setores que está crescendo mais rápido no mundo econômico, não apenas em termos de geração de renda, mas também na criação de empregos e em ganhos na exportação. Segundo a publicação, criatividade e inovação humana, tanto individual quanto em grupo, se tornaram a verdadeira riqueza das nações no século 21.

Vasos decorados por Ana Paula (Foto: Alcides Neto)
Vasos decorados por Ana Paula (Foto: Alcides Neto)
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