Governo cria comitê para monitorar ataques de gafanhotos em MS
Grupo vai monitorar focos da praga e definir ações caso os insetos cheguem as lavouras do Estado
O governo estadual resolveu criar comitê para monitorar e definir ações de combate a ataques de gafanhotos nas lavouras de Mato Grosso do Sul. A intenção é estar preparado para eventual vinda da praga para o Estado, que até o momento não entrou no Brasil e está nos países vizinhos.
Para definir as ações houve uma reunião entre a Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) e representantes do setor do produtivo, para que haja ações coordenadas no campo caso chegue a nuvem de gafanhotos ao Estado.
“Essa praga já é conhecida e vem sendo monitorada há muitos anos, tendo sido formado, inclusive, um Comitê Internacional para fazer esse acompanhamento. Aqui no Estado nós estamos tomando ações preventivas. É importante deixar claro que não temos a ocorrência da praga em nenhuma lavoura de Mato Grosso do Sul”, destacou o secretário estadual de Agricultura e Desenvolvimento, Jaime Verruck.
Ele ponderou que já houve um foco de ataque nas lavouras do Paraguai, diferente da “nuvem de gafanhotos” na Argentina. “Sabemos que em um eventual trajeto em direção ao Brasil, o próprio Pantanal seria uma barreira natural. Mesmo assim estamos discutindo a forma de um combate preventivo, caso seja necessário”, adiantou.
Além da Semagro, o comitê terá a participação de entidades como Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de MS), Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal do MS), Ministério da Agricultura e o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de MS), que fará o monitoramento desta praga.
O presidente da Famasul, Maurício Saito, irá solicitar aos produtores que informem caso chegue a praga em suas propriedades, para que sejam tomadas medidas imediatas no campo. Outro ponto já citado no grupo de trabalho é a opção de usar aeronaves no controle da praga.
A frente fria que chegou na Região Sul do Brasil mudou a direção dos eventos, o que pode deixar esta nuvem de gafanhotos no território argentino ou serem desviados para o Uruguai. O Ministério da Agricultura já declarou estado de emergência para áreas do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
