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Economia

Inflação em agosto continua em alta e registra 0,43% de aumento

Paula Vitorino | 06/09/2011 09:25

Seguindo a tendência de alta desde o mês de julho, a inflação registrada na cidade de Campo Grande no mês de agosto foi de 0,43%, segundo revela o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) divulgado hoje. Dos sete grupos que compõem o estudo, a Alimentação e Despesas Pessoais foram os que mais contribuíram para a alta, e o Vestuário para queda.

De acordo com a avaliação do Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas e Sociais (Nepes) da Universidade Anhanguera-Uniderp, que faz o IPC, o índice de inflação registrado em agosto neste ano é atípico para o período na Capital, comparando com o histórico dos anos anteriores.

O vilão do mês de agosto, o grupo Alimentação, apresentou queda nos preços em julho e, por isso, aparece com elevação de 1,49% neste mês em comparação a pesquisa anterior. O coordenador do Nepes, Celso Correia de Souza, explica que esse grupo é influenciado por fatores climáticos e a sazonalidade de certos produtos.

Isso é exemplificado com os altos índices de verduras e legumes, que fizeram o grupo ter maior inflação em agosto. O limão com 55,79%, chuchu 27,31%, cenoura 12,95% e tomate 12,18%, além de vários cortes de corte, principalmente suíno e de frango.

Em geral, os dez produtos que mais contribuíram para a elevação da inflação no mês passado foram: alcatra, acém, arroz, paleta, abatidos, aluguel de apartamento, aluguel de casa, tomate, leite pasteurizado e costela. Em contraponto, os produtos que contribuíram para frear a inflação foram: batata, tênis, camisa masculina, pneu, sapato masculino, impressora, short e bermuda masculina, laranja pêra, pescado fresco e bolacha.

Demais Grupos - O grupo Despesas Pessoais registrou moderada elevação de 0,89%. Aumento expressivo de preço ocorreu nos produtos/serviços: cabeleireiro (corte e tintura) 3,44%, sabonete 3,32% e creme dental 3,21%. Não foram constatadas quedas de preços em itens desse grupo.

O grupo Habitação apresentou inflação moderada de 0,21%, em relação ao mês de julho, devido, principalmente, ao aumento de preços dos seguintes produtos/serviços: saponáceo 5,24%%, limpa vidros 5,05%, cera para assoalho 4,94% e liquidificador 4,19%.

Pequena inflação 0,17% foi observada no grupo Saúde, com destaque no aumento de preço de produtos e/ou serviços, como médico ortopedista 5,27%, antialérgico e broncodilatador 3,57%, antimicótico e parasiticida 1,60.

A pesquisa observou uma pequena deflação de (-0,05%) no grupo Transportes devido a queda no valor de pneu (-1,89%), ônibus intermunicipal (-0,39%) e etanol (-0,38%).

Já o grupo Educação apresentou pelo segundo mês estabilidade em seu índice. Foi verificada pequena alta de 0,04% em relação ao mês de julho, por causa de pequenos aumentos em artigos de papelaria, da ordem de 0,36%.

O grupo Vestuário foi o responsável por segurar a inflação no mês de agosto, com índice de (-1,76%, apesar do aumento em alguns produtos do setor.

Inflação acumulada – A inflação acumulada em 2011 na Capital é de 4,74% e a inflação acumulada nos últimos 12 meses é de 7,74%, sendo esta bem acima do limite superior da meta inflacionária estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

O grupo Educação foi o grupo que apresentou a maior taxa acumulada anual de inflação, ficando em 10,07%, seguido dos grupos Vestuário com 8,76%, grupo Alimentação com 8,67% e do grupo Habitação com 8,40%, com índices acima da inflação acumulada nos últimos 12 meses.

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