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Economia

Ações despencam e dólar avança a R$ 5,49 com restrições a leis estrangeiras

Mercado reage ao despacho do STF que limita efeitos de leis como a Magnitsky

Por Gustavo Bonotto | 19/08/2025 19:00
Ações despencam e dólar avança a R$ 5,49 com restrições a leis estrangeiras
Cédulas de 10 dólares, moeda norte-americana utilizada em transações internacionais. (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

O dólar comercial subiu 1,19% nesta terça-feira (19) e fechou a R$ 5,49. O avanço ocorreu após decisão do ministro Flávio Dino, do STF (Supremo Tribunal Federal), que proibiu empresas de aplicar restrições com base em leis estrangeiras. Investidores buscaram ativos seguros diante do risco de impacto da Lei Magnitsky no Brasil.

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Dólar sobe e Ibovespa cai após decisão do STF sobre leis estrangeiras. A moeda americana fechou em alta de 1,19%, cotada a R$ 5,49, enquanto o principal índice da bolsa brasileira recuou 2,1%, aos 134.432 pontos. A decisão do ministro Flávio Dino, que restringiu a aplicação de leis estrangeiras por empresas no Brasil, gerou cautela entre investidores, preocupados com possíveis impactos da Lei Magnitsky. Ações de bancos lideraram as perdas no Ibovespa, com quedas de até 5,79%. Investidores migraram para ativos considerados mais seguros, como dólar e ouro, diante do risco de sanções. A decisão do STF impede que empresas adotem restrições com base em normas estrangeiras sem autorização expressa da corte. O cenário internacional também contribuiu para a volatilidade, com negociações sobre a guerra na Ucrânia e discursos de autoridades americanas.

Dino afirmou que bloqueio de ativos e cancelamento de contratos só podem ocorrer com autorização do STF. Ele esclareceu que decisões de tribunais internacionais continuam com validade imediata no país.

O Ibovespa caiu 2,1% e terminou o pregão aos 134.432 pontos. Hoje, o setor bancário perdeu R$ 41,9 bilhões em valor de mercado no dia. As ações lideraram as perdas, com destaque para Banco do Brasil, que recuou 5,79%. Itaú perdeu 3,97%, Santander desvalorizou 4,88%, Bradesco caiu 3,79% e BTG fechou em baixa de 4,04%.

O cenário externo também pesou nos negócios. Nos Estados Unidos, Donald Trump e Volodymyr Zelensky discutiram a possibilidade de encontro com Vladimir Putin sobre a guerra na Ucrânia. A Rússia sinalizou disposição para negociar.

As bolsas internacionais tiveram desempenho misto. Em Nova York, o Nasdaq recuou 1,5% e o S&P 500 caiu 0,6%. Na Europa, o CAC-40 avançou 1,21% e o STOXX 600 subiu 0,69%. Na Ásia, o Kospi caiu 0,81% em Seul, enquanto Cingapura teve leve alta de 0,69%.

O dólar acumula alta de 1,87% na semana, mas recua 1,81% em agosto. O Ibovespa perde 1,4% na semana, embora ainda registre ganho de 11,7% no ano.

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