MS tem 2º pior saldo de empregos do ano, com queda de quase 50% nas contratações
Construção lidera geração de empregos, enquanto serviços e agropecuária fecharam no vermelho
Mato Grosso do Sul registrou em setembro o segundo pior saldo de empregos de 2025, conforme os dados do novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados nesta quinta-feira (30) pelo Ministério do Trabalho e Emprego. O saldo foi de 1.379 vagas com carteira assinada, o que representa uma queda de 48,7% em relação a agosto, quando haviam sido criados 2.689 empregos formais.
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O resultado reflete a desaceleração nas contratações e o leve aumento nas demissões. O número de admissões caiu 2,96%, de 35.838 para 34.776, enquanto os desligamentos subiram 0,75%, passando de 33.149 para 33.397.
Entre os cinco grandes grupamentos de atividade, a construção civil se destacou como o principal gerador de empregos, com 3.383 admissões e 2.621 desligamentos, resultando em um saldo positivo de 762 vagas.
Em seguida veio a indústria, com 5.774 contratações e 5.249 demissões, saldo de 525 postos de trabalho. O comércio também apresentou crescimento, com 8.490 admissões e 8.070 desligamentos, saldo de 420 empregos.
Já a agropecuária e os serviços tiveram desempenho negativo no mês. O setor agropecuário contratou 5.043 trabalhadores, mas demitiu 5.168, encerrando o período com saldo negativo de 125 vagas. O setor de serviços, mesmo sendo o que mais contratou (12.086 admissões), também foi o que mais desligou (12.289), fechando com saldo negativo de 203 empregos.
Com isso, o saldo total do Estado foi positivo, porém modesto, representando um crescimento de apenas 0,20% sobre o estoque de 701 mil empregos formais em Mato Grosso do Sul. O tempo médio de permanência no emprego dos desligados foi de 15 meses.
De janeiro a setembro, o Estado acumulou 332.534 admissões e 301.665 desligamentos, resultando em 30.869 vagas formais abertas no ano. Apesar do saldo positivo, o ritmo vem diminuindo desde fevereiro, quando o mercado teve o melhor resultado de 2025, com 8.243 novos postos de trabalho.
A análise do perfil das contratações mostra predominância de mulheres e de jovens entre 18 e 24 anos, faixa etária mais presente nas novas admissões formais.
Cenário nacional - No Brasil, o saldo de setembro foi de 213.002 empregos formais, resultado de 2.292.492 admissões e 2.079.490 desligamentos. No acumulado de 2025, o país soma 1.716.600 novas vagas, o que representa crescimento de 3,6% frente ao mesmo período do ano anterior.
O salário médio de admissão ficou em R$ 2.286,34, com leve queda de R$ 20,61 em comparação a agosto. Nacionalmente, 67% das vagas foram preenchidas por jovens de até 24 anos, e o saldo foi mais favorável aos homens (117.145) do que às mulheres (95.857).
Em coletiva, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, avaliou que “os dados positivos estão em linha com o ritmo de crescimento da economia, apesar dos juros ainda altos”.
 



 

 
 
 
 
