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Economia

População volta a fazer dívidas e inadimplência cresce 1,2% em abril

Renata Volpe Haddad | 01/06/2017 13:38
Inadimplência continua crescendo em Campo Grande e no Estado. (Foto: Marcos Ermínio)
Inadimplência continua crescendo em Campo Grande e no Estado. (Foto: Marcos Ermínio)

A inadimplência em Campo Grande cresceu 1,2% em abril e 3,6% em um ano. Em Mato Grosso do Sul, a alta é maior: no acumulado do ano, o índice é de 3,9%, segundo os dados do SCPC. Enquanto a taxa cresce no Estado, no Brasil recua 1,1% em um mês.

Os números são ruins mesmo depois que os saques das contas inativas do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) começaram a ser liberados em março.

De acordo com o economista e presidente do Corecon (Conselho Regional de Economia), Thales Souza Campos, a tendência é da inadimplência aumentar nos próximos meses. "Enquanto não houver oferta de emprego para que as pessoas possam cumprir seus compromissos, a inadimplência não vai baixar. Falta emprego e isso é um dos principais fatores que acarretam nos índices", explica.

Campos define ainda que o segundo ponto para o aumento da inadimplência do campo-grandense, é a falta de credibilidade na economia brasileira causada pela crise política. "E com isso não há investimento e nem oferta de emprego", esclarece.

Sobre o FGTS, o economista comenta que o plano de governo não surtiu o efeito necessário, pois a população brasileira tem a cultura do consumismo. "Além do governo tirar uma poupança do brasileiro, ele piorou a situação, porque a população não tem planejamento".

Para que esse problema seja resolvido, é preciso que seja criado um plano de estado e não de governo. "Um plano de estado é construído para a sociedade e não para o mandato atual. Precisa de todos os profissionais envolvidos, municípios, estados. É preciso medidas de curto, médio e longo prazo para que as contas se equilibrem e que o Brasil seja um lugar confiável para investimento", finaliza.

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