Trabalhadores enfrentam maratona de Natal, mas vendas são frustrantes
A meia elástica de compressão não combina muito com a rasteirinha, mas sete anos de experiência em lojas mostraram para Maria Fernanda de Souza, 25 anos, que o modelito é o ideal para enfrentar horas e horas de trabalho. “Quase não dá tempo de sentar”, conta a vendedora da loja Eclipse, no Shopping Pantanal.
Contudo, a expectativa para quem trabalha na linha de frente no comércio era de que o esforço ampliado rendesse faturamento maior. Ou seja, o movimento é grande, mas as vendas frustraram. A reclamação vai da “modinha” do comércio popular a loja que vende roupas mais caras.
Entre o dia 15 de dezembro e ontem, o horário do comércio na região central foi ampliado até às 22h. “O horário é estressante, cansativo e não rendeu muito”, diz Rosimeire Marques da Silva, 41 anos. Ela é vendedora há 11 anos na loja Dunil. Para enfrentar a jornada natalina, adotou roupas confortáveis e calçados baixos.
Para não perder venda, os trabalhadores recorreram a lanches, almoçaram por perto ou receberam jantar trazido pelos patrões.
Apesar de todo esforço, Daniela Ramalho, vendedora da loja Rosa de Saron, no Shopping Pantanal, também reclama que as vendas ficaram bem abaixo da média para o período. “Dezembro foi o inverso do esperado. Foi ruim” afirma.
Nesta quarta-feira, véspera de Natal, o comércio no Centro funciona até às 18h. No período da manhã, o cenário era de poucos clientes. Conforme a ACICG (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande), a expectativa é aumentar as vendas de 3,5% a 4% neste fim de ano.