Enquete: 69% dos campo-grandenses não trocariam o bairro pelo Centro
Nos comentários, leitores dizem que tranquilidade e custo de vida pesam na decisão de continuar nos bairros
A proposta de revitalização da região central de Campo Grande reacendeu um debate antigo: você trocaria seu bairro para morar no Centro da cidade? A pergunta foi feita na enquete desta sexta-feira (18) pelo Campo Grande News e, entre os participantes, 69% disseram que não trocariam, enquanto 31% responderam que sim, mudariam para o coração da cidade.
RESUMO
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A maioria dos campo-grandenses rejeita a ideia de morar no Centro da cidade, conforme pesquisa realizada pelo Campo Grande News. Entre os participantes, 69% afirmaram que não trocariam seus bairros pela região central, citando como principais motivos a tranquilidade, custos mais acessíveis e infraestrutura dos bairros. O debate ressurge em meio às discussões sobre a revitalização do Centro, que visa transformá-lo em bairro residencial. Segundo o professor Julio Botega, da UFMS, essa é a tendência natural da região, embora atualmente o cenário seja de abandono e promessas não cumpridas de revitalização.
Nas redes sociais do jornal, os comentários reforçaram o resultado. A maioria destacou a tranquilidade, o custo de vida mais acessível e a estrutura dos bairros como fatores decisivos para não considerar a mudança.
“Nem se ganhar uma casa. Meu bairro tem tudo que preciso pra viver bem”, comentou Elizabel Ribeiro. Opinião semelhante teve Maria Alves Ferro, moradora do Aero Rancho. “Deus me livre, prefiro morar onde tem lama mesmo. Minha paz vale ouro”, escreveu.
Willian De Souza afirmou que o Centro perdeu o encanto. “Não tem mais graça de passear. Outra coisa, nos bairros tem quase tudo.” Já Aurelino Bandeira Duarte disse que até vai ao Centro de vez em quando, mas não se vê morando lá. “Pra morar não, é muito sufocante”, relatou.
Cristofer Faustino, morador das Moreninhas, também não cogita a troca. “Por mais que eu não goste das Moreninhas, não trocaria. Aqui tá bem melhor que o Centro.” Para Petrônio Benetthon Levita, o problema principal é o custo de vida. “Centro extremamente caro. preços sem pé e nem cabeça.”
A enquete volta à pauta em meio às discussões sobre transformar o Centro em bairro residencial, com mais habitação, comércio e serviços. Em 2021, 60% dos leitores também disseram que não trocariam o bairro pela região central; quase três anos depois, a resistência aumentou.
Para o professor da UFMS, Julio Botega, doutor em Arquitetura e Urbanismo pela USP, o futuro do Centro é justamente esse: se tornar um bairro com vida própria, voltado ao cotidiano. Mas a realidade ainda contrasta com promessas frustradas de revitalização e um cenário de abandono.
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