Brasileiros pedem ajuda americana para prender corruptos do futebol no Brasil

“EUA, nos ajudem a prender os brasileiros corruptos que administram o nosso futebol. Cadeia neles”.
A súplica em inglês estampada em uma faixa bravamente ostentada por Moisés Campos, de 62 anos, ex-funcionário da CBF (entre 1989 e 1996) e o funcionário público do Estado do Rio, Valmir Diniz, de 54 anos, marcou a saída de José Maria Marin, ex-presidente da CBF, preso por corrupção nos Estados Unidos, do primeiro dia de seu julgamento no Tribunal Federal do Brooklyn, em Nova York.
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Eram só dois brasileiros, mas como no mundo moderno volume de gente em movimentos de apoio ou de protesto é o que menos importa, a ação de Moisés Campos e Valmir Diniz teve dimensão mundial. Eles viajaram aos Estados Unidos especialmente para protestar contra o ex-presidente da CBF. Assim que Marin e seus advogados saíram do prédio do tribunal, foram cercados com a faixa em inglês
Campos e Diniz também citaram os nomes de Marco Polo Del Nero e Ricardo Teixeira, que também são acusados de crimes de corrupção por autoridades dos EUA, mas estão no Brasil. Del Nero, por exemplo, sequer viaja com a Seleção ao exterior com medo de ser preso pelas autoridades americanas.
O primeiro dia do julgamento de José Marin e outros dois cartolas sul-americanos acusados de corrupção – o peruano Manuel Burga e o paraguaio Nicolas Leoz – foi dedicado ao início da formação do juri, processo que deve durar até quinta-feira. Na semana que vem, a partir do dia 13, a promotoria começará a apresentar as provas e ouvir as testemunhas.