Com foco no interior, federação amplia presença e sobe no ranking de atletismo
"Objetivos da gestão estão sendo cumpridos", avalia o atual presidente da entidade, Ageu de Oliveira
O atletismo sul-mato-grossense vive um novo momento desde que Ageu Oliveira Pereira assumiu a presidência da FAMS (Federação de Atletismo de Mato Grosso do Sul), em 2023. Servidor público e morador de Ponta Porã, Ageu venceu a eleição por apenas um voto (8 a 7) e herdou uma estrutura enxuta, com apenas seis clubes ativos.
RESUMO
Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!
Atualmente, a federação já conta com 13 a 15 clubes em funcionamento competindo e cerca de 800 atletas cadastrados em categorias que vão do sub-14 ao adulto. Ao todo, são 20 clubes ativos, mais que os 15 em 2023 (confira a lista completa ao final da matéria). “Estamos conseguindo cumprir os objetivos traçados desde o início da gestão”, afirma.
Com histórico de atuação como treinador e gestor esportivo, Ageu destaca que transformou a crítica em ação. "Como treinador, sempre questionei as demandas. Em vez de ficar só cobrando, fui pra prática. Passamos veneno em área, fizemos serviço braçal. Começamos pequenos", relembra. Ele é servidor efetivo do município e também dá aulas na faculdade de Educação Física. Na cidade onde vive, Ageu foi um dos responsáveis pela estruturação da Associação Ponta Poranense Esporte é Vida, uma das filiadas à FAMS.
Além de Campo Grande e Ponta Porã, há clubes ativos em Dourados, Eldorado, Três Lagoas, Chapadão do Sul, Amambai, Nova Andradina, Corumbá e Ribas do Rio Pardo. Entre os clubes afiliados estão também a Associação Cultural e Esportiva Funlec (ACF), a Escola Sebastião de Paula e o Indaiá Club (em Dourados), o Runners Mundo Novo, o Clube Novo (de Nova Andradina), o Sprint, o Instituto Sangue Bom e um clube da cidade de Bonito.
Um dos destaques vem da Aldeia indígena Guarani-Kaiowá, que revelou o atleta Yuri, medalhista sul-americano no lançamento de dardo. “Mesmo com a dificuldade de sair do ambiente dele, o talento do Yuri mostra que o investimento no interior é essencial”, avalia Ageu.
A federação organiza competições por categorias — sub-14, sub-16, sub-18, sub-20, sub-23 e adulto — e mantém calendários distintos para provas de pista e de rua. “Temos em média 140 atletas por categoria, entre masculino e feminino”, explica. Um dos êxitos da gestão foi o retorno do sub-14.
Entre os avanços, a gestão atual melhorou a estrutura para provas como lançamento de martelo e marcha atlética. “Cada nova prova traz custos com arbitragem, materiais e estrutura. A gestão anterior evitava isso. Nós fizemos o movimento contrário, mesmo com limitações”, explica. O salto com vara ainda não foi viabilizado por falta de equipamentos, mas está no radar da federação.
No ranking nacional de federações da CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo), Mato Grosso do Sul já ocupou o 23º lugar, mas subiu para o 12º e depois para o 11º sob sua gestão. Ele credita parte desse avanço à criação de uma comissão técnica e à organização administrativa da entidade, com cursos de arbitragem e qualificação técnica.
Ele acrescenta que o Governo do Estado tem apoiado com os custos de arbitragem, mas que para fechar ruas e realizar corridas de rua ainda é necessário obter autorizações da federação ou da própria CBAt. Cada atleta inscrito paga uma taxa simbólica de R$ 3, que ajuda a custear eventos como a Copa MS de Meio Fundo e Fundo, além das competições específicas de marcha atlética.

Entre as pistas de atletismo em funcionamento, Ageu cita a de borracha em Campo Grande, a estrutura de Chapadão do Sul — inaugurada recentemente — e a de Ponta Porã. Municípios como Sidrolândia, Maracaju, Dourados e Três Lagoas contam com pistas de brita, sendo que esta última é considerada uma prioridade futura para o atletismo estadual.
Para o futuro, o presidente quer ampliar a regularização de clubes e tornar obrigatório que apenas entidades em dia com suas obrigações possam inscrever atletas. “Não faz sentido o atleta ter que estar com a carteira ativa e o clube não. Queremos mais responsabilidade, sem afastar ninguém, mas valorizando quem faz o trabalho certo”, afirma.
“É graças à imprensa que o atletismo tem visibilidade”, finaliza Ageu, reconhecendo a importância da divulgação esportiva para o crescimento da modalidade.
Lista completa dos filiados à FAMS em ordem alfabética:
- A.C.N.A – Associação de Corredores de Nova Andradina MS
- AAC – Associação de Atletismo Caarapoense
- Associação Atlética Banco do Brasil
- Associação Atletica Mov Runners
- Associação Bonitense de Aletismo e Natação
- Associação Bonitense de Atletismo
- Associação de Corredores de Rua e Pista de Campo Grande MS
- Associação Desportiva Atletas de Cristo
- Associação Desportiva Clube Rios
- Associação Esportiva WG Celeiros Bonitense
- Associação dos Servidores Públicos Municipais de Chapadão do Sul
- Associação Master de Atletismo de Mato Grosso do Sul
- Associação Pontaporanense Esporte É Vida
- Associação Sprint Social – Atletismo de Inclusão e Paratletismo
- Associação Três-Lagoense de Atletismo – Prof. Milton José da Silva – “TÓ”
- Clube Atlético São Gabriel
- Clube Indaía
- Grupo de Corrida Fartlek Assessoria Esportiva
- Instituto Sangue Bom
- Liga Esportiva Municipal Riopardense
Confira o calendário de corridas de rua para 2025:
Confira o calendário de provas de pista de atletismo em 2025:
Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.