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Esportes

Comercialinos entram na contagem regressiva para definir o futuro do time

Edmir Conceição | 03/10/2011 18:12

Os fiéis torcedores do Esporte Clube Comercial começaram a contagem regressiva para definir o futuro do clube, que deverá ser anunciado em novembro com a possível saída do atual presidente, Carlos Alberto Assis, que comentou que deixaria o posto em novembro, após colocar a “casa em dia”, acertando as finanças do time.

Restando 28 dias para o próximo mês, ainda sobram dúvidas sobre o destino do time no próximo ano. Sem notícias, os torcedores ainda se perguntam se o clube irá disputar o Campeonato Estadual 2012 e demais competições que podem ser realizadas no próximo ano.

De acordo com o membro da Torcida Organizada Falange Vermelha, Hugo Roberto da Silva Carneiro, a falta de informações sobre o novo presidente do clube e da preparação para o próximo ano deixa a torcida apreensiva.

“Antes era normal o Comercial ficar parado, agora já é prejudicial, atrapalha. Não sabemos se temos candidato à presidência do clube. Todo clube tem que fazer o planejamento estratégico para próxima temporada, fazer contratações para pré-temporada e não deixar as contratações em cima da hora, sob pena de prejudicar o time na principal competição do ano, que é o Campeonato Estadual”, afirma Carneiro.

Sócio Torcedor - O presidente da Falange Vermelha, Ítalo Milhomem comenta que os próprios torcedores estão se organizando para pensar em propostas que poderiam fortalecer o clube para o próximo ano. Uma das iniciativas é a proposição de um programa sócio torcedor, de modo que essa renda possa ajudar a vida financeira do clube.

Milhomem explica que para a efetivação deste programa é necessário mudanças no estatuto social do clube para que os sócios torcedores sejam considerados sócios contribuintes e possam votar nas eleições para diretoria do clube, e fiscalizar as contas do time que devem ser transparentes, aproximando realmente os torcedores do time da diretoria do Esporte Clube Comercial.

“Depois da venda da Vila Olímpica percebemos que o clube não realiza a cobrança de mensalidade dos seus associados, que são considerados patrimoniais ou contribuintes e que os valores são relativamente elevados se considerarmos que o clube não oferece nenhuma área de lazer, mas somente a paixão pelo futebol. Pelo estatuto, os valores das mensalidades seriam respectivamente de R$ 282,50 e R$ 141,25. A proposta é que sejam implantados planos de R$ 10 a R$ 300, que trariam benefícios aos associados, como direito a voto nas assembléias, kits sócio torcedor, ingressos gratuitos ou descontos, portarias especificas para os jogos do Comercial”, explica Milhomem.

A iniciativa é baseada em programas de sócio torcedor de outros clubes, como Paysandu, Vila Nova e o Internacional, que é o pioneiro no país. Os torcedores já entraram em contato com a empresa que fornece os serviços para o Inter e fizeram um primeiro orçamento dentro realidade do clube.

Categorias de base - Os torcedores também esperam que o clube busque fortalecer as categorias de base, para garantir o futuro do clube, que além de fornecer novos jogadores para o futebol profissional, podem também revelar futuros talentos e gerar dividendos ao clube.

Com a mudança na diretoria, os torcedores também irão propor a criação de projetos sociais do clube, como escolinhas de futebol nas regiões da Capital com apoio do FAE (Fundo de Apoio ao Esporte), mas de um modo ainda pouco utilizado por clubes e federações de esportes locais - a doação direta de recursos com isenção de impostos municipais.

“Os projetos do FAE são apresentados em fevereiro e aprovados por volta do mês de maio. Nossa intenção é apresentar este projeto das categorias de base do Comercial à Fundação Municipal de Esporte e se aprovado, ao invés dos recursos virem direto do orçamento do município, que o projeto seja financiado por meio de doações de pessoas físicas e empresas que poderão deduzir 20% do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e do ISSQN (Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza) por meio de doações diretas na conta do FAE, como prevê a lei municipal nº 3.366, de 23 de setembro de 1997”, explica Milhomem.

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