Ex-treinador de Neymar, Lima vê craque pronto para liderar seleção em Londres

O atacante Neymar está pronto para liderar e absorver toda a pressão sobre ele na seleção brasileira, que neste ano tem como o maior desafio os Jogos Olímpicos de Londres, torneio que o Brasil nunca conquistou.
A opinião é do ex-jogador Antônio Lima dos Santos, o Lima, hoje olheiro do Santos em avaliações de escolinhas do Peixe espalhadas pelo País e que participa dos testes em Mato Grosso do Sul de hoje até sexta-feira. Ele foi treinador do craque santista entre os 12 e 13 anos.
“Creio que ele está pronto para as Olimpíadas. Se no Santos e na seleção principal ele joga como se estivesse no quintal de casa vai assumir a responsabilidade nas Olimpíadas”, diz.
Apesar de concordar que a pressão sobre a seleção em Londres estará sob Neymar, Lima analisa que a responsabilidade estará mais dividida com atletas como Lucas, Casemiro e Oscar, que provavelmente integrarão o time formado pelo técnico Mano Menezes.
Parceiro de Pelé nas conquistas do clube na Taça Libertadores da América e Mundial de Clubes em 1962 e 1963, Lima lembra que Neymar iniciou atuando como centroavante sob seu comando.
E foi dele a ideia de posicioná-lo para atacar pelos lados do campo. “Ele apanhava demais (na antiga posição) e é muito mais perigoso se chegar à área com a bola dominada”, comentou, lembrando que aos 13 anos o atacante já era titular da categoria Sub-15.

Lima lembra ainda dos treinamentos de finalizações e que insistiu para Neymar definir com a perna esquerda. “Hoje se você ver a maioria dos gols dele são com a canhota”, diz, lembrando que jogadores que atuam no setor ofensivo do campo “não existem” se não chutarem com as duas pernas.
O bicampeão mundial pelo Peixe ainda aproveita para lamentar a eliminação do Barcelona na Liga dos Campeões da Europa e o fim de uma possível revanche com o Santos no Mundial de Clubes no Japão.
“Tinha tudo para ser um grande jogo (Mundial de 2011) e não foi porque só o Barcelona jogou. E nossos jogadores foram muito cordiais”, criticou.
Por fim, Lima também comenta sobre o atacante Adriano. Para ele, que tem a responsabilidade de orientar jovens jogadores no clube, Adriano é uma referência de conduta inadequada para atletas profissionais.
“Por isto a orientação da família é importante. Além de talento, o menino tem que tocar a vida como jogador de profissional e ter disciplina”, pontua.