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Esportes

Judoca de MS conduz Tocha na Capital e representa MS nos Jogos Paralímpicos

Amanda Bogo | 22/06/2016 16:23
Michele com sua medalha de ouro do Parapan de 2007 (Foto: Reprodução /CBJ)
Michele com sua medalha de ouro do Parapan de 2007 (Foto: Reprodução /CBJ)

A judoca Michele Ferreira, duas vezes medalha de bronze nos Jogos Paralímpicos e promessa para a disputa em agosto no Rio de janeiro, será uma das 162 condutoras da Tocha Olímpica em Campo Grande no sábado (25), e a ansiedade e a emoção de fazer parte de um dos momentos mais importantes da história do esporte é grande. 

Michele nasceu em Mundo Novo, distante 476 km da Capital, com toxoplasmose congênita e tem apenas 20% da visão. Ela se mudou para Campo Grande com cinco anos, e conheceu o judô aos 19 anos no Instituto Sul-Mato-Grossense Para Cegos Florivaldo Vargas. "O instituto falou sobre as academias que ofereciam e queriam fazer testes de judô para cegos, e eu fui participar,  sem ter objetivo de competir na época. O judô não precisa de tanta adaptação para deficientes visuais por conta do contato físico", disse.

Em 2005, um ano após começar a praticar o judô, Michele foi convocada para a Seleção Paralímpica da modalidade. Desde então, participou de dois Jogos Paralímpicos - 2008 em Pequim e 2012 em Londres - conquistando medalha de bronze nas duas edições, pela categoria meio leve até 52 kg. 

 

Michele no pódio com a medalha de bronze conquistada nos Jogos de Londres em 2012 (Foto: Reprodução / Facebook)
Michele no pódio com a medalha de bronze conquistada nos Jogos de Londres em 2012 (Foto: Reprodução / Facebook)

A atleta contou sobre sua preparação para participar dos Jogos Paralímpicos Rio 2016. "Estou treinando bastante em São Paulo e participando de competições internacionais com a seleção. Em Campo Grande treino de segunda a sábado, tanto musculação quanto o judô". 

Para Michele, a expectativa é de subir ao pódio, independente de qual seja a colocação. "Trabalho para trazer um bom resultado. Vai ser bastante difícil, tem a pressão de ser em casa. Se vier uma medalha, já está de bom tamanho. Qual vai ser a cor, nós vamos ver, mas estou ansiosa em subir ao pódio". 

A judoca será uma das condutoras da Tocha Olímpica em Campo Grande no próximo sábado (25). "É um presente poder conduzir a Tocha. Em 2007 levei a tocha do Parapan e agora poderei levar a da Paraolimpíada. É muito bom, já que não vou estar na próxima geração que terá uma possível Olimpíada no Brasil novamente, é um feito inédito", desabafou.

Para ela, o fogo olímpico também é um símbolo de esperança em meio a atual situação política que o País enfrenta. "Tem uma importância de esperança. As pessoas estão descrentes de muita coisa com a situação política. Os jogos para a gente é festa, tem que ser celebrado, independente da situação. Fico lisongeada em conduzir a Tocha", finalizou.

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