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Prefeito diz que vereadores prejudicam Campo Grande

Waldemar Gonçalves | 10/05/2016 06:00

Guerra interminável – Tentando antecipar-se e evitar derrota no Legislativo, o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), convocou a imprensa ontem para informar que estava enviando à casa de leis um pedido de financiamento de R$ 12,6 milhões para obras de infraestrutura. O empréstimo é a contrapartida do município para liberar R$ 68 milhões da União. "Essa hostilidade dos vereadores não prejudica uma pessoa, prejudica uma cidade inteira. Eles precisam parar de prejudicar Campo Grande", justificou Bernal.

Rápidos na postagem – Tão logo começou a reviravolta no processo de impeachment de Dilma Rousseff, boa parte da bancada federal de Mato Grosso do Sul foi ao Facebook marcar suas posições. Alguns mais afoitos, outros mais discretos e alguns alheios. Destaque principalmente para os dois senadores, ambos do PMDB.

Marcando posição – Waldemir Moka e Simone Tebet postaram vídeos de pronunciamentos que fizeram durante a sessão do Senado. “Uma irresponsabilidade sem tamanho”, comentou o primeiro. Moka avaliou a decisão do presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), como algo sem sentido, feito para procrastinar o processo. Simone falou que a medida de Maranhão foi ilegal e imoral.

Dois lados – Entre os deputados federais sul-mato-grossenses, quem mais reclamou da decisão de Maranhão – não considerada pelo Senado, é bom lembrar – foi Carlos Marun (PMDB), um dos mais ferrenhos aliados de Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O petista Zeca apenas colocou um link com a notícia de que o processo de impeachment de Dilma, àquela altura, estava suspenso.

É golpe! – Já Marun falou sobre o fato de ser questionado publicamente por defender Cunha. “Defendo o devido processo legal e sabia que o governo sempre sonhou em afastar o Cunha porque isso seria uma garantia de que o impeachment não iria acontecer”, disse ele. “O impeachment está em risco. A população quer o impeachment”, emendou, classificando a atitude de Maranhão como “um golpe”.

Absurdo – Até quem não costuma muito usar o Facebook para falar no assunto resolveu fazer diferente. “Absurdo! O cancelamento deverá ser revertido, por não ter base legal, já que a votação do impeachment foi tomada em votação da qual participou toda a Câmara”, escreveu Luiz Henrique Mandetta (DEM).

Novela irritante – Durante coletiva à imprensa, Alcides Bernal (PP) irritou-se quando foi questionado sobre a "novela" envolvendo o reajuste dos servidores municipais. "Não vou afrontar a lei. Eu enviei o reajuste de 9,57% dentro do prazo e rejeitaram", disse Bernal, reiterando que o reajuste vai ser mesmo os 2,79%, segundo ele, por conta do período eleitoral.

Cada um, cada um – "Mas prefeito, os vereadores alegam que Corumbá, Fátima do Sul e Três Lagoas deram o reajuste nas últimas semanas, dentro do período eleitoral", questionou o Campo Grande News. "Cada caso é um caso", desconversou Bernal.

Documento atrasado – O discurso da Prefeitura permanece o mesmo em relação a entidades assistenciais que estão fechando as portas por não receberem recursos do Município desde janeiro. "Hoje repassamos mais de R$ 1 milhão a entidades. Mas temos várias que estão com documentos em atraso ou não apresentaram a prestação de contas", justificou o prefeito, que fez questão de citar quais foram contempladas nesta segunda-feira (9).

Quer cassação – Bernal mostrou-se ainda bastante magoado com a fala do vereador Roberto Durães (PSC) que ofendeu sua mãe. Questionado sobre a "mão branda" da Câmara em relação ao caso, ele foi enfático em dizer que o microfone da casa não pode ser utilizado desta maneira e que vai insistir na cassação do mandato do vereador.

(com a redação)

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