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Arquitetura

Depois de instalada a polêmica, grupo adia grafite no muro do Maria Constança

Paula Maciulevicius | 21/02/2014 11:59
Inaugurada na década de 50, Maria Constança é a única obra projetada pelo arquiteto em Campo Grande. (Foto: Cleber Gellio)
Inaugurada na década de 50, Maria Constança é a única obra projetada pelo arquiteto em Campo Grande. (Foto: Cleber Gellio)

O projeto que iria grafitar o muro da escola estadual Maria Constança de Barros Machado neste final de semana foi adiado. Depois de anunciada a intenção de fazer grafite na estrutura tombada como patrimônio histórico estadual há 18 anos, quem defendia a obra de Oscar Niemayer foi terminantemente contra.

Na manhã desta sexta-feira, os parceiros do projeto, Fundação de Cultura do Estado, direção da escola e SBT estiveram reunidos na Fundação e decidiram por adiar. “Porque a gente precisa resolver essas dúvidas, de pessoas que questionam a legalidade de pintar ou não. Vamos ter uma reunião com essas entidades que estão negativas para verificar a viabilidade”, disse o diretor da escola, Anderson de Souza Muniz.

Inaugurada na década de 50, Maria Constança é a única obra projetada pelo arquiteto em Campo Grande. Tombado como patrimônio histórico pelo arquiteto e presidente do Conselho Municipal de Cultura, Ângelo Arruda, em 1996, a última reforma feita já descaracterizou a obra, ao pintar a guarita e as pedras de verde e azul.

Anderson explica que para adiar foi levado em consideração o descontentamento de órgãos, entre eles o Conselho Municipal de Cultura. O diretor ainda retoma que o problema não vem de hoje. “Tem registros do primeiro prédio já com pichação. Não é um problema que nasceu ontem. O que tem que se pensar é uma maneira de resolver e uma das formas foi de aplicar o grafite no muro”, explica.

O projeto de grafitar teve a autorização mesmo sendo patrimônio histórico. Segundo Anderson, não se pode mudar a fachada, disposição das salas, dos banheiros, mas o muro não é tombado.

Na semana que vem uma nova reunião será realizada na Fundação de Cultura do Estado, no dia 27, entre as entidades que estão contra e a favor da grafitagem para se chegue a um consenso. “Apesar de se frustrar por não pintar nesse final de semana, fiquei muito contente de ver um grupo de pessoas que são favoráveis. Isso mostra que não estamos totalmente errados. A escola como um espaço democrático, deve ter voz e voto”, afirmou Anderson.

Representando o Conselho Municipal de Cultura, Ângelo disse ter mobilizado junto ao órgão estadual, que é responsável por tombar os edifícios, providências. Até o momento, o Conselho da Capital não foi comunicado da reunião.

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