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Artes

Em plataforma mundial, dá para aprender sobre culturas de MS

Para 2024, metas podem envolver aprender e valorizar culturas indígenas com ajuda do Google Arts & Culture

Por Aletheya Alves | 12/01/2024 07:39
Mulher Kadiwéu idosa chamada Anoã com pintura facial. (Foto: Darcy Ribeiro/Acervo Funai)
Mulher Kadiwéu idosa chamada Anoã com pintura facial. (Foto: Darcy Ribeiro/Acervo Funai)

Seguindo com ideias para criar e cumprir novas metas em 2024, uma boa oportunidade é utilizar ferramentas online que são gratuitas para aprender coisas novas durante o ano. E, na plataforma mundial Google Arts & Culture, dá para entrar no universo das culturas indígenas presentes em Mato Grosso do Sul, Brasil e do mundo de um jeito diferente.

Que é necessário repensar a forma com que as culturas indígenas são, muitas vezes, deixadas de lado, muita gente sabe. Ainda assim, entrar no processo de aprendizado pode ser um desafio, já que as informações se acumulam na internet e dar os primeiros passos acaba sendo complicado.

Mantido em colaboração com museus de diversos países, o Google Arts & Culture oferece desde visitas virtuais gratuitas até exposições recriadas na plataforma. E tudo de graça. Pensando nisso, a dica de hoje para fazer com que 2024 seja um ano com mais aprendizado é mergulhar na plataforma para conhecer mais sobre Mato Grosso do Sul e alguns de seus povos.

Na plataforma, sendo possível acessar clicando neste link, os conteúdos são variados, indo desde narrativas visuais sobre as obras de van Gogh até conteúdos sobre povos originários ao redor do mundo.

Através da ferramenta de busca, o conteúdo a ser aprendido e visitado pode ser especificado e, pensando em Mato Grosso do Sul, o que se destaca são os conteúdos envolvendo povos indígenas.

Grafismo Kadiwéu coletado por Darcy Ribeiro da coleção do Museu do Índio. (Foto: Darcy Ribeiro/Acervo Funai)
Grafismo Kadiwéu coletado por Darcy Ribeiro da coleção do Museu do Índio. (Foto: Darcy Ribeiro/Acervo Funai)

Como exemplos do que é encontrado no Google Arts & Culture envolvendo o Estado, podemos citar as exposições do antropólogo Darcy Ribeiro sobre os povos Kadiwéu e Ofaié. Ambos os conteúdos são uma parceria do Museu do Índio, responsabilidade da Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas).

As exposições foram, inicialmente, realizadas de forma física entre os dias 23 de novembro e 30 de dezembro de 2010 na Caixa Cultural do Rio de Janeiro. Devido à sua importância para o conhecimento, os materiais foram transformados para o ambiente digital e enviados ao site do Google.

Na exposição sobre os Kadiwéu, há diversas fotografias registradas por Darcy Ribeiro e, a partir delas, informações sobre esse povo são compartilhadas. De acordo com o material, o antropólogo esteve com eles entre 1947 e 1948, em Mato Grosso do Sul.

“Foi entre os Kadiwéu que Darcy Ribeiro realizou sua primeira pesquisa de campo, entre os anos de 1947 e 1948, logo após ingressar como etnólogo na Seção de Estudos do Serviço de Proteção aos Índios - SPI. Darcy ficou conhecido entre eles como Bet’rra-yegi ("Doutorzinho", em português), por sua suposta relação de parentesco com o etnólogo italiano Guido Boggiani (Bet’trra), que vivera entre os Kadiwéu no final do século XIX”, indica o material.

Na época de seus estudos, cerca de 235 indígenas kadiwéu estavam distribuídos por três aldeias. Com a atualização dos dados em 2010, o número subiu para 1.600.

Outro material interessante sobre Mato Grosso do Sul é a exposição sobre o povo Ofaié (veja aqui), também criado a partir das fotografias de Ribeiro.

Além disso, na plataforma, há conteúdos sobre um contexto geral e superficial dos povos indígenas no Brasil e histórias sobre o tema ao redor do mundo.

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