A expectativa dos campo-grandenses com a escolha do novo Papa
A renúncia do Papa Bento XVI e o início do período de Sé Vacante, quando a Igreja Católica fica sem líder, gerou expectativa em todo mundo sobre a escolha do novo líder religioso. Nas ruas de Campo Grande, os depoimentos são de quem espera um padre mais moderno e ao mesmo tempo mais rígido com temas polêmicos, como a pedofilia.
Vigilante, Paulo Roberto Silveira, 49 anos, diz que espera idoneidade por parte do novo líder da Igreja e também a conversa com outras religiões. “Ele precisa dialogar também com as religiões mais fechadas”, contou o fiel que saía da Igreja São José, aonde vai todos os dias fazer suas orações.
Para a empresária rural Sônia Marcondes, 63 anos, é preciso mais rigor com as questões internas da instituição religiosa, principalmente nos crimes de pedofilia. “Acredito que a Igreja protege demais os padres em assuntos como este”, disse.
O alemão Joseph Ratzinger, 85 anos, anunciou no dia 11 deste mês que deixaria o cargo de líder do Vaticano. Ele justificou renúncia, inédita na história recente da Igreja, com o cansaço provocado pela idade avançada, depois de 8 anos que ele classificou como “águas agitadas”. Nos últimos anos o Vaticano foi atacado por denúncias de pedofilia em vários países.
Na opinião do casal Cláudio Ribeiro, 42 anos, e Inês Dias, 46 anos, o pontífice precisa ser moderno “Com muita simplicidade e mais próximo do povo”, disseram.
A partir de agora, Bento XVI é considerado Papa Emérito, e o cardeal carmelengo Tarcisio Betone passa a ser responsável por administrar dos bens e direitos temporários da Santa Sé, com a ajuda de outros três cardeais assistentes.
Ex-católica e atualmente evangélica, Terezinha de Jesus, 64 anos, espera na figura do novo Papa um líder.“Independente da minha religião, eu quero que ele represente bem seu cargo porque é um cargo de liderança, de ética”, resumiu.
O Papa Emérito deixou o Vaticano às 13h30, pelo horário de Brasília, em direção ao Castel Gadolfo, residência de Verão da Santa Sé. Lá ele deve permanecer durante todo período do Conclave. Depois da escolha do novo líder, prevista para ter início no dia 4 de março, Bento XVI seguirá para um mosteiro.
