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Comportamento

Apesar de queda geral, gravidez na adolescência segue como problema no interior

Com 3,2 m nascimentos de mães adolescentes, Dourados, Três Lagoas e Corumbá concentrando os maiores volumes

Por Kamila Alcântara | 10/12/2025 10:02
Apesar de queda geral, gravidez na adolescência segue como problema no interior
Pais jovens fazem acompanhamento pré-natal em unidade de saúde de Três Lagoas (Foto: Secretaria Municipal de Saúde)

O detalhamento dos nascimentos de 2024 nos municípios do interior de Mato Grosso do Sul (MS), divulgado nesta quarta-feira (10) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), revela um ponto que resiste às mudanças demográficas do Estado: a maternidade na adolescência continua presente e, em algumas cidades, aparece com força.

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Os partos em Mato Grosso do Sul permanecem altamente concentrados em ambiente hospitalar, com mais de 99,8% dos nascimentos ocorrendo em instituições de saúde. Em 2024, o interior do estado registrou 28.481 nascidos vivos, com apenas 59 partos domiciliares. A maternidade jovem continua expressiva, especialmente nas cidades maiores. O interior registrou 3.271 nascimentos de mães entre 15 e 19 anos, com destaque para Dourados (409 casos), Três Lagoas (178) e Corumbá (155), que também se consolidam como principais centros regionais de atendimento obstétrico.

O interior registrou 3.271 nascidos vivos de mães entre 15 e 19 anos. Só Dourados concentrou 409 desses registros, Três Lagoas teve 178 e Corumbá anotou 155. Embora a maior parte dos partos ocorra entre mulheres de 20 a 29 anos, os números mostram que a participação das adolescentes permanece relevante, especialmente nos municípios mais populosos, que também puxam os maiores volumes absolutos de nascimentos.

Ao mesmo tempo, o levantamento confirma que os partos seguem fortemente institucionalizados. Entre os 28.481 nascidos vivos de mães residentes no interior, apenas 59 ocorreram em domicílio, resultado que mantém a taxa acima de 99,8% de registros hospitalares ou em unidades de saúde. Nos principais polos regionais, essa estrutura já está consolidada. Em Dourados, foram 3.724 partos hospitalares entre os 3.753 ocorridos em 2024. Em Três Lagoas, 1.621 dos 1.630 nasceram dentro de hospitais.

Os partos domiciliares continuam pontuais e espalhados por poucas cidades. Dourados registrou 33 e Ponta Porã quatro. O IBGE não informa motivos, que podem estar ligados ao perfil das áreas urbanas e rurais.

A distribuição dos nascimentos reforça o papel de Dourados, Três Lagoas e Corumbá como centros regionais de atendimento obstétrico. Essas cidades concentram a infraestrutura capaz de receber gestantes tanto da área urbana quanto de municípios vizinhos, o que amplia o volume de partos contabilizados.

As informações fazem parte das Estatísticas do Registro Civil 2024, compilação anual que permite acompanhar tendências como queda da natalidade, mudanças no perfil das mães e transformações sociais em curso no Estado.

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