ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  26    CAMPO GRANDE 24º

Comportamento

Após perder filho em acidente, Gisele enfrenta câncer “de salto alto”

Jornalista descobriu tumor maligno duas semanas após perder o filho e busca ajuda para financiar tratamento

Bárbara Cavalcanti | 15/10/2021 06:58
Gisele com o filho Rafael e o neto de apenas poucos meses de vida em ensaio fotográfico. (Foto: Arquivo Pessoal)
Gisele com o filho Rafael e o neto de apenas poucos meses de vida em ensaio fotográfico. (Foto: Arquivo Pessoal)

A jornalista Gisele Romeiro, de 54 anos, descobriu recentemente que vai precisar lutar contra um câncer. A notícia veio apenas 15 dias depois do falecimento do filho, o advogado Rafael Coldibelli Francisco Filho, de 35 anos, que morreu em um acidente de trânsito envolvendo cinco veículos na BR-163, entre Campo Grande e São Gabriel do Oeste, em julho deste ano.

Mas em meio às dificuldades, o tom de Gisele é de esperança. “Eu resolvi passar por esse câncer de salto alto e ser um sinal de superação em Deus”, expressa.

Ela descobriu o câncer apenas duas semanas depois do acidente fatal envolvendo o filho. Mas Rafael teve tempo de acompanhar a mãe nos primeiros exames, quando apareceu algo de diferente nos resultados. “Ele ainda estava vivo quando fiz o preventivo. Ele era aquele que ficava de mãos dadas comigo, sempre ao meu lado”, relata.

Nas redes sociais, Gisele compartilha a rotina de tratamento e tenta deixar uma mensagem de esperança. Diz que é só pela fé que consegue passar por esse momento, além do amor pela família. “Resolvi expor toda a situação para meus seguidores, tanto para explicar quanto também por consideração. Vou passar por essa, não pela minha força, mas pela força de Deus”, declara.

Lidar com a saudade do filho não é fácil. Somente agora, meses depois, que Gisele consegue falar de Rafael. Mas o tom de voz muda e é perceptível que é um esforço conversar sobre a morte. Se refere a ele como um grande amigo, além de filho.

Gisele foi mãe aos 18 anos. Desde criança, lembra que os dois tinham uma conexão muito forte, que agora ela cultiva com o neto, nascido poucos meses antes do acidente do pai. Ela chama a criança de “sementinha” que Rafael deixou para a família. “Nós éramos muito ligados. Naquele dia, inclusive, ele tinha acabado de me ligar. É uma dor absurda. Perdi um grande amigo e um pedaço de mim”, comenta.

Agora o foco é a cura

Com a maior parte coberta pelo SUS, ela conseguiu atendimento e a garantia das sessões de quimioterapia gratuitas. “Mas há gastos que o SUS não cobre, como alguns exames e medicamentos que não estão disponíveis. E são seis meses de tratamento, então, ainda terei que ficar refazendo todos”, detalha.

Para conseguir custear o tratamento, Gisele resolveu pedir ajuda. “Todos os anos, há 7 anos, convido algumas pessoas, leitores da minha coluna social, para participar na publicação e desejar um Feliz Natal para as pessoas. Esse ano, resolvi antecipar e converter todo o lucro para meu tratamento. Mas todos os valores são bem-vindos, qualquer valor já ajuda”, explica.

Todas as informações a respeito da campanha estão disponíveis diretamente com Gisele, pelo telefone (67) 99909-1028.

Curta o Lado B no Facebook. Tem uma pauta bacana para sugerir? Mande pelas redes sociais, e-mail: ladob@news.com.br ou no Direto das Ruas através do WhatsApp do Campo Grande News (67) 99669-9563.

Nos siga no Google Notícias