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Comportamento

Com Orion e Mel ao lado, professor muda a forma de dar aulas na universidade

Thailla Torres | 15/08/2016 06:15
Mel é a mais nova dos três cães e todo mundo se derrete com ela perambulando pela sala. (Foto: Fernando Antunes)
Mel é a mais nova dos três cães e todo mundo se derrete com ela perambulando pela sala. (Foto: Fernando Antunes)

Ter o melhor amigo por perto é algo que pode melhorar e muito o dia de qualquer pessoa. Pelo menos é o que pensa e pratica o professor Diogo Cesar Gomes da Silva, de 31 anos. Raramente sai para o trabalho sem os mascotes Orion e Mel. Na sala de aula, os cães mudaram a rotina na Universidade onde o dono dá aulas.

Diogo é zootecnista e mestre em bem estar animal. Há dois anos e meio, Orion e Mel fazem parte da família. Tanto, que ele conseguiu autorização para trabalhar ao lado dos animais. Foi um tempo até finalmente conseguir provar que a presença deles não seria incomodo.

O professor defende que a companhia dos animais traz relaxamento ao dia a dia. "É um elemento diferente do cotidiano. Um animal que tem prontidão para o afeto e o carinho, se ele for devidamente socializado, ele não atrapalha em nada, só ajuda", explica.

Todos são treinados e acaba servindo de exemplo em sala. (Foto: Fernando Antunes)
Todos são treinados e acaba servindo de exemplo em sala. (Foto: Fernando Antunes)

Não é sempre que Diogo consegue levar os 3 cães da raça border collie, na sexta-feira passada, por exemplo, Vega ficou em casa. Mas um deles é presença certa na maioria das vezes. "Levo sempre que posso, sou autorizado pela universidade. Exceto dias de reuniões ou atividades em que preciso ir para o laboratório", esclarece. 

Todos são treinados, o que acaba servido até de exemplo em sala de aula sobre o assunto.

"São muito educados. Eles não estragam nenhuma parte física da universidade eu tenho muita segurança em estar com eles. Só de levar ele para sala, o meu dia se torna muito mais agradável. E sempre que o cão faz parte da aula, eu aproveito para ilustrar uma situação caso esteja no conteúdo, fora isso, ele fica solto indo de carteira em carteira", ri o dono cheio de orgulho.

Quando entram na sala, é só alegria. Os alunos interagem, brincam, gostam de passar a mão. No entanto, como ninguém é de ferro, mesmo adestrados, não podem ver comidinhas em cima da mesa que saem da linha.  

Manuela se diverte com a fofura dos cães. (Foto: Fernando Antunes)
Manuela se diverte com a fofura dos cães. (Foto: Fernando Antunes)
Durante a aula, de mesa em mesa, eles passam pra receber um carinho. (Foto: Alcides Neto
Durante a aula, de mesa em mesa, eles passam pra receber um carinho. (Foto: Alcides Neto
No intervalo, alunos também se divertem com eles. (Foto: Fernando Antunes)
No intervalo, alunos também se divertem com eles. (Foto: Fernando Antunes)

O professor garante que há bons reflexos no desempenho dos alunos. "Quando eles estão aqui, os alunos permanecem mais em sala de aula e conversam menos. Quando as conversas paralelas surgem, geralmente é algo sobre eles, mas que não atrapalha na aula", comenta. 

Aluna do curso de Veterinária, Manuela Alves de Oliveira Bastos, de 19 anos, é uma das alunas que se derrete com tanta fofura em sala. "Impossível não ficar apaixonada. Além de lindos, toda vez que ele leva os cães a turma interage muito mais. Sem contar a aula que fica muito mais leve, a gente foge daquele padrão de só conteúdo. E durante o intervalo o professor ainda deixa a gente brincar com eles. Acho que mais do que companhia, pra gente é um incentivo, ainda mais que vamos atuar também nessa área", explica.

Além de fofos, Orion e Mel são bilíngues. Foram adestrados em português e inglês, para facilitar a comunicação com os cães. "Na nossa língua, as fonéticas são muito parecidas e por isso é mais difícil de compreender, mas ainda assim aprendem. Já o inglês, eles conseguem diferenciar as palavras de ordem como 'fica', 'senta' e 'deita'. Mas de qualquer forma onde estiverem, eles correspondem aos pedidos. E até devolvem o brinquedinho de uma criança, porque como todo cachorro, eles também gostam de brincar e o que tiver no chão, é natural saírem pegando", esclarece.

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