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Comportamento

Na adolescência, Magno trocou bicicleta de R$ 2 mil por Fiat 147 dos sonhos

O carro de 1979 chegou à mãos de Magno, hoje com 26 anos, como ele sonhou desde a infância

Thailla Torres | 21/02/2018 07:46
Esse é o Fiat 147 de Magno, modelo Rallye de 1979. (Foto: Arquivo Pessoal)
Esse é o Fiat 147 de Magno, modelo Rallye de 1979. (Foto: Arquivo Pessoal)

Magno era criança quando decidiu que seu primeiro carro seria um Fiat 147. Ele lembra como surgiu o encanto, por influência do pai, que também sempre esteve rodeado de veículos antigos. Um sentimento forte que o levou a trocar a bicicleta que tinha, aos 16 anos, pelo carro dos sonhos.

"Esse carro é uma versão muito rara do Fiat 147 e na época o dono não queria vender, era meu patrão. Mas topou trocar na bicicleta que valia algo em torno de R$ 2 mil", conta Magno Chaves Barros, hoje com 26 anos.

Agora ele chama atenção na cidade com seu modelo Rallye de 1979, que chegou a suas mãos como sempre sonhou. Mas foi preciso paciência até Magno poder dirigir habilitado e com o veículo totalmente recuperado.

Magno e a esposa, viajando com o Fiat para Aquidauana.
Magno e a esposa, viajando com o Fiat para Aquidauana.

Com o Fiat comprado, a ideia era ir reformando aos poucos, até Magno ver o carro do jeito que queria. Mas ele dedicou 1 ano e 6 meses de trabalho só para o veículo. "Toda a grana que foi gasta e o tempo empenhado valeu a pena".

Na hora de selecionar as peças, Magno priorizou o design original. Mas ele diz que ainda faltam alguns detalhes. Mesmo assim, anda pela cidade com seu "rei" que arranca olhares de quem também admira veículo antigo e não tem nenhuma intenção de ostentar modelos modernos.

"Nesse mundo dos carros antigos existe uma amizade que se compara a uma família, pois a pessoa que curti essa vida não é normal", ri. "Esses carros são barulhento, dão trabalho, mas a gente cria uma paixão pura e sincera".

Magno é do tipo que não tem medo de colocar a relíquia na rua e na estrada. "Um carro parado é um carro sem história. Uso meu carro todos os dias, ele foi feito para ser usado. É lindo ver carros super restaurados expostos em coleções, mas o usá-lo é mais prazeroso. Parar no semáforo, ouvir elogios, é uma sensação melhor ainda. Por isso não abro mão do meu Fiat".

Tem gente que ainda insiste em "tomar" o veículo. "Sempre perguntam se ele está à venda, todos os dias. Mas o engraçado é que todo mundo tem uma história com Fiat 147".

Mas a maior felicidade de Magno é ver que carro ganhou o carinho da esposa. "Meu fim de semana se resume em lavar carro e levar a minha gata para passear. Acho que sem o apoio das esposas, dificilmente esse sonho seria realizado, porque para algumas pessoas ele não passa de um carro velho".

Se esse Fiat não chegasse a tempo? Para Magno, nada teria sentido. "Nunca quis outro carro, tinha que ser esse antigo. Se não fosse hoje estaria andando com qualquer um no meio da meio da multidão, mas sem a paixão que eu sinto por esse".

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Carro se tornou o xodó de Magno que vive na estrada.
Carro se tornou o xodó de Magno que vive na estrada.
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