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Comportamento

No Dia do Sexo, quem não tem parceria também pode se divertir sozinho (a)

Lucas Arruda e Graziela Almeida | 06/09/2017 06:20
No Dia do Sexo, quem não tem parceria também pode se divertir sozinho (a)

Não tem força das redes sociais ou empoderamento feminino que derrube o tabu da masturbação, principalmente, quando quem se diverte sozinha é a mulher. Mas como a hipocrisia impera, a indústria do sexo vai muito bem nesse quesito e lucra alto com produtos cada vez mais tecnológicos e criativos.

Até o Google é uma senhora puritana quando o assunto é prazer e ultimamente anda censurando qualquer texto ou imagem que sugira algo mais sensual. Por isso, escrever sobre o assunto no Dia do Sexo é tarefa difícil, não dá para usar nomes de produtos sensuais nem ficar repetindo a ação que é o motivo principal dessa matéria. Como não tem jeito de “falar no popular”, a gente resolveu usar outros termos para dizer tudo de uma maneira mais “fofa”.

Nossa visita ao Afrodite Sex Shop foi bem inspiradora, para não deixar a data passar batida, mesmo que seja na base do 5 a 1 ou do carinho na docinho.

Para as meninas, tem gel que esquenta, outros que explodem. Alguns emitem ondas de calor que provocam pequenas vibrações. Já os aparelhinhos que vibram viraram Bombril, com mil e uma utilidades. Tremem, sugam e até lambem. Assim, dá para garantir das preliminares à goleada jogando sozinha.

O Bullet, de R$ 380, tem 12 níveis de vibração, como controle remoto é sem fio, funciona como dois em 1, porque a mulher pode introduzir ou só estimular. Também feminino, a Butterfly custa R$ 220,00 e parece uma calcinha com alças, cheia de surpresinhas vibratórias. 

Para eles, a Desiré é o brinquedinho mais estranho de todos. Por R$ 290,00, o homem tem sua própria "docinho” para prender com ventosa no box do banheiro ou no azulejo. Feita de material semelhante à pele, no formato de lanterna de papel (aquelas de festa junina), ela é muito parecida com florzinha da mulher. Daí, é só fixar na parede e encaixar.

Juicy é também produto masculino, em formato e textura de fruta, super macio, vai deslizando e girando até o champanhe explodir. A camada interna é toda detalhada com linhas estruturadas em formando uma teia. O negócio é louco e na propaganda diz que proporciona uma aderência extra para uma estimulação 360º grau, “oferecendo deliciosas sensações em todas as direções”.

Outro parece ovo de Páscoa e provoca alegria semelhante. Os Tenga Egg têm diferentes texturas internas que produzem vários tipos de sensações, dá até para colecionar. 

Use com parcimônia - Com especialização em sexualidade humana, o psicólogo Paulo Guimarães, lembra que a brincadeira só não pode virar compulsão. "Tem dos 2 tipos: o saudável e o doentio. Se perder o controle, virar compulsão e tem de tratar. O limite é quando a pessoa entende que aquilo faz mal, não dá prazer. Mas quando é algo saudável é também indispensável para o autoconhecimento. Tem mulher que parece nem saber que tem vagina", comenta.

O segredo para se divertir muito, mesmo sozinho, é nunca sentir culpa, ensina. "Por motivos religiosos ou culturais, as pessoas tendem a se sentir culpadas depois desse tipo de prática. O que é uma besteira. Isso é bom para relaxar e pronto", recomenda. 

Se bem feita, a brincadeira pode até ajudar os casais, diz o psicólogo. "Melhora a relação a dois. A pessoa acostumada a usa aparelhinhos que elas mesmas controlam, pode aprender como gosta e ensinar ao parceiro ou a parceira".

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