Pode olhar, mas Fuscão dos anos 70 é o xodó que Cláudio não abre mão
Modelo Baja Buggy, ano 1977, é uma adaptação do tradicional Fusca feita para encarar terrenos difíceis
Quem passa pelo Jardim Novos Estados já se acostumou a ver um carro diferente circulando pelas ruas do Bairro. Com rodas altas, estilo robusto e uma caixa de som na traseira, o ‘Fuscão’ do empresário Cláudio Teixeira da Silva, o Biki, de 50 anos, é impossível de ignorar, principalmente pelas crianças.
“Eu sempre quis ter um Fusca. Um dia estava em um evento, vi esse aí e fiquei louco para comprar. O dono falou que não vendia, mas no outro dia me ligou e negociamos. Está comigo até hoje”, conta Biki.
O modelo Baja Buggy, ano 1977, é uma adaptação do tradicional Fusca feita especialmente para encarar terrenos difíceis. O carro foi comprado há 8 anos e Cláudio afirma ter desembolsado cerca de R$ 8 mil para ter o veículo que sempre quis na garagem.
“Ele já era assim quando comprei, mas reformei tudo. A gente usava muito para trilha, pegava barro de verdade e até ia para a região de Corguinho. Hoje quase não fazemos mais, mas já rendeu histórias”, relembra o empresário.
Apesar de ter outros veículos, incluindo uma caminhonete Hilux e um caminhão, o Baja é a paixão de Cláudio. “Ele não tem valor, é uma relíquia. Não vendo de jeito nenhum”, afirma. O carro não é de uso diário, mas sai da garagem em dias especiais.
“Nos meus dias eu dou umas voltas com ele pra ele não ficar parado. As pessoas olham e ficam apontando o dedo, principalmente as crianças. É legal ver o pessoal rindo e interagindo”, explica.
Na família, o amor pelo carro é tanto que o veículo já está sendo herdado. “Meu filho Luan, de cinco anos, adora. Pra ele, o Fuscão já é dele. E, na verdade, é mesmo. É o nosso xodó, uma lembrança de coisas boas que a gente construiu”, diz Cláudio. Segundo ele, o carro é mais que um meio de locomoção, é a realização de um sonho da juventude.
Além do visual chamativo, ‘Fuscão’ carrega um adesivo intrigante com a palavra “Fake News” colada na traseira. “Era por causa do barro. Eu mesmo pegava barro e jogava nele com a mão, para parecer que tinha saído de uma trilha. Ficava uma obra de arte. Mas aí chovia e o barro ia embora, então parei”, finaliza.
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