Vizinhos na infância, casal descobriu o amor quando se reencontrou no Facebook
Da infância ao começo da pré-adolescência, Carol e Pedro dividiam os mesmos amigos e o bairro. Era atravessar a rua e um estava diante do outro. Entre 1995 e 2000, eles conviveram brincando, sem ver nascer qualquer sentimento que só floresceria muitos anos depois.
Crescidos e agora casados, Carol é campo-grandense, Pedro é cuiabano e foi na capital mato-grossense que eles deram início ao que viria a ser uma história de amor. "Eu primeiro fiquei amiga da irmã dele, a gente tinha uns 10 anos", conta a professora Carolina de Almeida Lima Jacob, de 29 anos.
A brincadeira preferida deles quando meninos era subir no muro de um dos prédios. "Era fácil de subir e todo mundo ficava por ali também, assim que a gente virou amigo", explica.
O Pedro brincava com os irmãos de Carol e tinha uma impressão não muito boa da menina. "Eu achava ela meio esnobe. Quando ia cumprimentar, ela não olhava, era metidinha", brinca Pedro Jabob, de 29 anos. Ela responde: "é porque eu brincava mais com as meninas mesmo".
Depois da mudança de Carol, de volta para Campo Grande, a relação continuou próxima da irmã de Pedro, Mariana. As duas passaram por toda evolução das redes sociais, do MSN e Orkut, até o Facebook e foi por ali, um dia ao acaso, que ela viu o perfil de Pedro. O menino com quem ela brincava cresceu e ficou bonito.
"Achei e cutuquei", recorda. A retribuição só veio um mês depois. Neste meio tempo, Pedro achou que conhecia, foi confirmar com a irmã, fuçou o perfil dela para então responder a cutucada. "Eu já tinha até esquecido dessa cutucada. Foram semanas até que eu recebi a notificação. Lembro até hoje: estava tomando suco na faculdade", narra.
Eles começaram a conversar no final de 2012, à época Carol estava em Campo Grande e ele em Ituiutaba, Minas Gerais. "Ele não era muito de redes sociais, entrava e no auge da conversa, dizia que tinha que sair", entrega. Pedro não tinha smart phone e se fosse sair de casa, depois de desligar o computador, acabava a comunicação.
O primeiro encontro deles foi em Uberlândia, o segundo já em Ituiutaba, para um Carnaval do qual ela já voltou namorando. Em setembro daquele ano, 2013, Pedro se mudou para Porto Velho, mas antes perguntou se ela também iria.
Foi só Carol terminar a faculdade e colar grau, para eles juntarem as escovas de dentes muito longe daqui, em março de 2014. "Nós começamos a morar junto e no Réveillon ele me pediu em casamento", diz.
Na hora de começar a organizar o sim, eram tantas as cidades pelas quais Pedro já tinha passado que ficou difícil chegar a um consenso. A residência deles ficava a 2,5 mil quilômetros de todos os parentes. "Então decidimos casar na cidade da noiva. Minha família mora aqui, é daqui e a dele lotou uma van e veio todo mundo", descreve ela.
Se eles imaginavam que quando crescessem seriam o amor um do outro? Não mesmo. "Nem pensava, depois as coisas foram acontecendo de uma hora para outra", explica Carol. "Deu tão certo e a gente via que nossa conversas batiam, eu até desconfiava: será que ela concorda mesmo?"
Baseado na história deles é que no futuro, o casal vai ser mais atento às amizades dos filhos qu vierem a ter. "Tendo acontecido com a gente, pensar em morar em condomínio para que as pessoas possam crescer juntas é legal e mantém esse vínculo", resume o casal.
Os laços que eles fizeram na infância os acompanham até hoje. Para o casamento, vieram os amigos daquela época, do prédio, para serem padrinhos.
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